Trump volta a ameaçar países do Brics: "Receberão tarifa de 10% muito em breve"

Segundo ele, o grupo estaria atuando para prejudicar os EUA e eliminar o dólar como referência monetária.

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Publicado em 08/07/2025 às 15:01h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 08/07/2025 às 15:01h Atualizado 1 dia atrás por Elanny Vlaxio
Lula disse que o grupo não aceita nenhuma reclamação vinda de Trump (Imagem: Shutterstock)

Nesta terça-feira (8), o presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), voltou a ameaçar o Brics e disse que logo os países receberão uma tarifa de 10% em breve. Segundo ele, o grupo estaria atuando para prejudicar os EUA e eliminar o dólar como referência monetária mundial.

"Se eles quiserem jogar esse jogo, tudo bem, mas eu também sei jogar”, afirmou Trump a jornalistas durante uma coletiva na Casa Branca. “Qualquer país que fizer parte do Brics receberá uma tarifa de 10%, apenas por esse motivo”, disse, acrescentando que isso deve ocorrer “muito em breve”.

"O que eles estão tentando fazer é destruir o dólar para que outro país assuma a posição e torne sua moeda o novo padrão. Perder o padrão mundial do dólar seria como perder uma guerra, uma grande guerra mundial. Não seríamos mais o mesmo país. E não vamos deixar isso acontecer”, completou Trump.

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Em resposta, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que o grupo não aceita "nenhuma reclamação" vinda do presidente dos Estados Unidos. "Nós não aceitamos nenhuma reclamação contra a reunião do Brics. Por isso que não concordamos quando ontem [segunda] o presidente dos EUA insinuou que vai taxar os países Brics", afirmou.

E disse no mesmo dia que "ninguém determinou que o dólar é a moeda padrão". “Ninguém determinou que o dólar é a moeda padrão. Em que fórum foi determinado? E obviamente que nós temos todas as responsabilidades de fazer isso com muito cuidado."

Vale citar que Trump lançou a nova ofensiva apenas um dia após ter ameaçado, em sua conta no Truth Social, aplicar uma taxa adicional de 10% a países que se alinhassem “às políticas antiamericanas” do Brics. “Não haverá exceções a essa política”, acrescentou.