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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um acordo comercial com a União Europeia neste domingo (27).
✂️ Trump concordou em reduzir de 30% para 15% a tarifa que será cobrada sobre os produtos europeus a partir da próxima sexta-feira (1°), inclusive para os automóveis. A redução só não se aplicará às importações de aço e alumínio, que seguem taxadas em 50%.
Em contrapartida, os europeus devem investir mais US$ 600 bilhões e comprar US$ 750 bilhões em energia dos Estados Unidos, além de comprar equipamentos militares e abrir seus mercados para produtos americanos.
Trump anunciou o acordo após reunião com a presidente da União Europeia, Ursula von der Leyen, na Escócia. Ele disse que este era "o maior acordo de todos os tempos".
"Conseguimos chegar a um acordo satisfatório para ambas as partes, por isso é um acordo muito poderoso", afirmou.
Ursula von der Leyen concordou que esta foi uma "boa conclusão" para as negociações com os americanos, que, segundo ela, foram "difíceis".
"Vai trazer estabilidade e previsibilidade. Isso é muito importante para as empresas de ambos os lados do Atlântico", observou.
Trump também disse neste domingo (27) que não vai adiar novamente a cobrança das tarifas anunciadas a outros países ou blocos econômicos, como o Brasil.
🗓️ O republicano decidiu taxar as importações de quase todos os parceiros comerciais americanos em abril. Contudo, as tarifas foram adiadas para 1º de agosto em meio a pedidos de negociação de todo o mundo.
Recentemente, Trump enviou cartas para alguns países recalibrando essas tarifas e lembrando do prazo. O Brasil foi um deles e acabou ficando com a maior tarifa dentre todas as nações notificadas por Trump.
Inicialmente, Trump havia aplicado uma tarifa mínima de 10% sobre os produtos brasileiros. Contudo, o republicano decidiu elevar essa taxação para 50%. A taxa entra em vigor em 1º de agosto, ou seja, na próxima sexta-feira.
O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, reforçou neste domingo (27) que as tarifas entrarão em vigor em 1º de agosto, "sem prorrogações, sem mais períodos de carência".
Ele disse, contudo, que os países ainda poderiam negociar o assunto com o governo americano depois que a cobrança entrar em vigor.
Segundo Lutnick, Trump "está sempre disposto a ouvir", mas se as pessoas "poderão fazê-lo feliz ou não é outra questão".
Na carta que anunciou a taxação de 50%, Trump reclamou da forma com que o Brasil tem tratado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que é julgado por tentativa de golpe de Estado no STF (Supremo Tribunal Federal).
O republicano ainda alegou que o Brasil mantém uma relação comercial injusta com os Estados Unidos. Contudo, dados da balança comercial mostram que essa relação na verdade tem gerado superávits para os americanos.
O governo brasileiro rebateu as acusações e tem tentado negociar o assunto, para reverter ou adiar o tarifaço. Contudo, as conversas não têm avançado da forma como o desejado em Brasília.
Trump alegou que a tarifa de 50% é para os países com os quais os Estados Unidos não têm tido uma boa relação. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, então, que o republicano "não quer conversar".
Diante desse impasse, o governo brasileiro já avalia medidas para conter os prejuízos esperados com as tarifas e até para retaliar os Estados Unidos.
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Por isso, o Executivo desenhou diversas ações de apoio ao setor produtivo. O pacote inclui linhas de crédito e compras governamentais para os setores mais atingidos e será avaliado nos próximos dias por Lula. O petista ainda sanciona nesta segunda-feira (28) um projeto de lei para estimular as exportações de micro e pequenas empresas.
Lula também ameaçou taxar e regulamentar as big techs que operam no Brasil. Além disso, o governo avalia aplicar a Lei de Reciprocidade Econômica em resposta aos Estados Unidos, o que permitiria a taxação de produtos americanos, como filmes, e a quebra de patentes de itens como medicamentos.
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