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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não pretende abrir exceções para as tarifas de 25% impostas à importação de aço e alumínio.
💲 A medida atinge diretamente o Brasil. O país é o segundo maior fornecedor de aço dos Estados Unidos, atrás apenas do Canadá. Por isso, as tarifas podem reduzir em até US$ 1,5 bilhão as exportações das siderúrgicas brasileiras, segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Diante dessa situação, o governo Lula (PT) vinha mostrando a intenção de negociar o assunto com o governo americano, até Trump dizer nesta segunda-feira (17) que não pretende criar isenções sobre as tarifas.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, chegou a discutir o assunto com o secretário do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick. E, na última quinta-feira (13), voltou a ressaltar a importância do diálogo nesse contexto.
Na véspera, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia dito que era importante para o Brasil conduzir seus interesses "de forma diplomática", para conseguir a "melhor negociação".
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O governo brasileiro, no entanto, não descarta medidas mais duras contra as tarifas anunciadas por Donald Trump.
⚖️ Em nota publicada na última quarta-feira (12), o Executivo disse que avalia "todas as possibilidades de ação" disponíveis no campo do comércio exterior contra as tarifas do Trump, inclusive uma ação junto à OMC (Organização Mundial do Comércio).
Pouco antes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que "não adianta" Trump ficar "gritando de lá", porque ele não tem "medo de cara feia" e quer ser respeitado.
"Fale manso comigo, fale com respeito comigo que eu aprendi a respeitar as pessoas e quero ser respeitado. É assim que a gente vai governar esse país", disse Lula.
Trump também reafirmou nesta segunda-feira (17) a promessa de cobrar tarifas recíprocas e setoriais a partir de 2 de abril.
🗣️ "Eles nos cobram e nós os cobramos. Então, além disso, nos automóveis, no aço e no alumínio, teremos alguns adicionais", afirmou Trump, segundo a "Reuters".
As tarifas recíprocas implicam na cobrança de taxas iguais às que outros países impõem aos produtos americanos e podem atingir produtos brasileiros como o etanol.
Quando Trump anunciou o plano, em fevereiro, a Casa Branca publicou uma nota citando o Brasil como um dos países que teria uma relação comercial desigual com os Estados Unidos, devido à cobrança de tarifas de importação sobre o etanol.
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