Tesouro Direto: Negociações podem ser suspensas mais vezes na semana

Servidores do Tesouro Nacional farão greve 3 dias na semana e avaliam a possibilidade de ampliar as suspensões do Tesouro Direto.

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Publicado em 26/10/2024 às 14:02h - Atualizado 25 dias atrás Publicado em 26/10/2024 às 14:02h Atualizado 25 dias atrás por Marina Barbosa
Movimento tem afetado a negociação de títulos públicos nas terças-feiras (Imagem: Shutterstock)

Os servidores do Tesouro Nacional decidiram ampliar a greve que tem provocado constrangimentos como a suspensão da negociação de títulos públicos pelo Tesouro Direto.

🗓️ Em greve desde o início de agosto para reivindicar reajuste salarial do governo, a categoria vinha promovendo paralisações semanais nas terças-feiras. Há cerca de 15 dias, ampliou a greve para as quintas-feiras. E, agora, decidiu que a paralisação será de três dias por semana: de terça a quinta-feira.

Com isso, é possível que as negociações do Tesouro Direto sejam ainda mais impactadas pelo movimento. 

⚠️ A compra e venda de títulos públicos pelo Tesouro Direto vem sendo suspensa semanalmente nas terças-feiras. Mas os servidores públicos avaliam a possibilidade de parar por mais dias na semana, segundo apurou o Investidor10.

A decisão só não foi tomada ainda porque, antes de qualquer coisa, a categoria está avaliando os riscos de responsabilização funcional de tal medida.

As negociações do Tesouro Direto já foram suspensas quatro vezes. Quando isso acontece, os investidores não conseguem comprar e vender os títulos do governo brasileiro. Apenas as operações de resgate antecipado são realizadas normalmente. 

Diante disso, o Tesouro Nacional tem recomendado que os investidores façam agendamentos para os dias seguintes à paralisações. O órgão espera, por sua vez, que as suspensões tenham efeito "limitado e sem perdas" nas negociações de títulos públicos.

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Greve é ampliada

Os servidores do Tesouro Nacional aprovaram a ampliação da greve em assembleia realizada pelo Unacon Sindical (Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle) na quarta-feira (23), depois que dez funcionários públicos que vinham participando da mobilização foram exonerados. 

"A greve vem se intensificando diante da falta de disposição do governo em negociar. Inicialmente, os servidores do Tesouro e da CGU faziam 24 horas de paralisação por semana, ampliadas para 48h e agora para 72h", informou o Unacon Sindical, na sexta-feira (25).

O sindicato disse ainda que "a mobilização já afeta diversas entregas" e, "a cada semana, ganha mais adesão em setores estratégicos, como a gestão do Tesouro Direto". 

Além das negociações no Tesouro Direto, outras atividades do Tesouro Nacional vêm sendo impactadas pelo movimento, como a divulgação de dados.

O Relatório Mensal da Dívida e o Resultado do Tesouro Nacional de setembro, por exemplo, estavam previstos para essa sexta-feira (25), mas serão apresentados apenas nos dias 6 e 7 de novembro, respectivamente.