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A América do Sul vive um dos momentos de maior tensão em sua história recente. Na parte norte da região, um conflito entre Venezuela e Estados Unidos pode começar a qualquer momento, trazendo instabilidade para uma parte do mundo que não via guerras há muitos anos.
Tudo começou com a acusação do presidente Donald Trump de que barcos que circulam na região do Caribe transportavam drogas até os EUA. Este foi o argumento usado pelo país para aumentar sua tropa na região, operação que teve início em agosto deste ano.
Em setembro, as forças armadas norte-americanas detiveram um barco que teria como origem a Venezuela, sendo que a tripulação era composta por narcotraficantes. A ação resultou na morte de 11 suspeitos que, sem provas, o governo dos EUA apontou ser parte da facção Trem Aragua, organização que é classificada como terrorista.
Desde então, o tom do conflito foi se escalando e outros diversos bancos foram atingidos pelos militares. No entanto, de acordo com investigações de agências independentes, muitos desses casos se tratavam de pescadores locais ou trabalhadores do mar, conforme destacou a agência de notícias Associated Press.
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No final de outubro, a situação também passou a envolver a Colômbia, quando os EUA disseram ter interceptado um barco com o grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional (ELN). Neste caso, os ataques saíram do Caribe e passaram a ocorrer também no Oceano Atlântico.
Ao longo de novembro outros barcos foram afundados pelos EUA, somando dezenas de alvos interceptados. Alguns dos países que tiveram seus territórios invadidos responderam de forma oficial aos EUA, como foi o caso da Venezuela.
"Se os gringos ameaçarem, trabalhamos mais; Se os gringos atacarem, responderemos, mas nada impede o trabalho, trabalho pela pátria, pelo trabalho pela saúde do povo, pela educação, pela vida do povo", disse Nicolás Maduro, presidente do país vizinho ao Brasil.
Segundo o regime, a ação dos EUA na região é uma forma de promover uma mudança de governo e impor uma administração fantoche. Ele ainda anunciou o treinamento de militares civis para uma eventual luta armada contra os EUA.
No último final de semana, o presidente Trump disse que todos deveriam considerar o espaço aéreo da Venezuela fechado. A afirmação dele vem depois que a FAA (Administração Federal de Aviação dos EUA, na sigla em inglês) orientou cautela às companhias aéreas que sobrevoam o país por causa de risco potencialmente perigoso, sem dar muitos detalhes.
Tanto a fala de Trump quanto a orientação da FAA fizeram com que diversas empresas que operam no país cancelassem seus voos. Desta forma, as ligações aéreas que a Venezuela tinha com o mundo passaram a ser ainda mais limitadas nos últimos dias.
No fechamento desta reportagem, empresas como Iberia, Plus Ultra, Air Europa, Avianca e Turkish Airlines, que têm voos regulares para o país, ainda não tinham regularizado as operações. Em contrapartida, companhias locais como Copa, Wingo, Boliviana de Aviación e Satena, além da estatal Conviasa, já haviam normalizado os voos de e para o país.
No último domingo, o presidente da Colômbia saiu em defesa do regime de Maduro e disse que “o fechamento do espaço aéreo venezuelano é completamente ilegal. A OACI (Organização de Aviação Civil Internacional) deve se reunir imediatamente”, declarou por meio das redes sociais. “Nenhuma companhia aérea deve aceitar ordens ilegais referentes ao espaço aéreo de qualquer país”, acrescentou Gustavo Petro.
Outro ponto de atenção nos últimos dias foi a chegada de um avião oficial da Venezuela na fronteira com o Brasil. A aeronave saiu da capital Caracas e chegou a Roraima, onde os dois países têm uma longa linha de cruzamento.
No primeiro momento, houve bastante apreensão porque o jato é classificado como “aeronave VIP do governo” e já teria transportado Maduro anteriormente. No entanto, com o passar do tempo, não houve nenhuma informação de que ele estaria a bordo do modelo.
Essa e outras aeronaves oficiais do governo venezuelano estão sancionadas pelo governo dos EUA. “O regime ilegítimo de Maduro depende da companhia aérea estatal venezuelana Conviasa para transportar funcionários corruptos do regime ao redor do mundo para alimentar o apoio aos seus esforços antidemocráticos", diz nota do Departamento do Tesouro.
Na última segunda-feira (1º), Maduro enviou uma carta à OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) pedindo ajuda dos membros. Ele disse que sofre uma agressão direta dos EUA e que vê ameaçada a produção de petróleo bruto de seu país.
"O mundo conhece muito bem as consequências prejudiciais geradas em outros países produtores de petróleo pelas intervenções militares dos Estados Unidos da América e seus aliados", escreve Maduro. "Eles pretendem tomar as vastas reservas de petróleo da Venezuela, as maiores do planeta, por meio do uso de força militar letal”, continuou.
O presidente também detalha que os EUA colocaram ao menos 14 navios de guerra na costa da Venezuela. Diz, ainda, que eles foram responsáveis por mais de 20 atentados com bomba e pela morte de 80 pessoas.
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