Taurus (TASA4) vai recomprar até 3,3 milhões de ações

Ações da companhia caíram cerca de 40% em 2024 e seguem em queda na B3 neste ano.

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Publicado em 24/03/2025 às 17:16h - Atualizado 2 dias atrás Publicado em 24/03/2025 às 17:16h Atualizado 2 dias atrás por Marina Barbosa
Taurus é a maior fabricante de revólveres do mundo (Imagem: Shutterstock)

A fabricante de armas Taurus (TASA4) anunciou nesta segunda-feira (24) a criação de um novo programa de recompra de ações. 

📊 Com isso, a companhia pretende recomprar até 3,3 milhões de ações nos próximos 18 meses, sendo 3,0 milhões de ações preferenciais e 300 mil ações ordinárias.

O objetivo da recompra é maximizar a geração de valor aos acionistas e garantir o cumprimento do Plano de Outorga de Ações, que prevê a entrega de ações para administradores, diretores ou executivos que ocupam outros cargos estratégicos da companhia e suas controladas.

Por isso, as ações recompradas pela Taurus serão mantidas em tesouraria, canceladas ou posteriormente alienadas.

Ações em queda

📉 A recompra também ocorre em um momento de desvalorização das ações da Taurus. Os papeis da companhia caíram cerca de 40% em 2024 e seguem com um saldo negativo em 2025: as ações ordinárias estão caindo quase 8% neste ano e as preferenciais cedem 2% até esta segunda-feira (24).

A queda ocorre diante da desaceleração do mercado de armas, no Brasil e nos Estados Unidos. Com a redução da produção e das vendas, a Taurus chegou a ter prejuízo no segundo trimestre de 2024. 

Já no acumulado dos nove primeiros meses do ano passado, a companhia teve um lucro líquido de R$ 36,1 milhões, o menor resultado desde 2020.

A Taurus divulga o resultado do quarto trimestre de 2024 nesta terça-feira (25), após o fechamento do mercado. 

Custo de R$ 27 bi

💲 As ações da Taurus vêm sendo negociadas por cerca de R$ 8 na B3. Por isso, a companhia calcula que o programa de recompra de ações pode custar até R$ 27 milhões, caso leve à aquisição de todas as 3,3 milhões de ações possíveis.

O Conselho de Administração da Taurus avalia, por sua vez, que a recompra "não resultará em nenhum impacto no cumprimento das obrigações assumidas com credores pela Companhia, nem no pagamento de dividendos obrigatórios mínimos".

A avaliação se deve ao fato de que a companhia tinha R$ 318 milhões em reservas estatutárias em setembro de 2024 (último dado disponível).