Solana (SOL) mira crescimento no Brasil: “Temos dinheiro para isso”

Em cerca de um ano e meio, o valor da moeda subiu de menos de US$ 10 para mais de US$ 160.

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Publicado em 11/06/2024 às 09:52h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 11/06/2024 às 09:52h Atualizado 3 meses atrás por Matheus Rodrigues
Além do Ethereum, outras blockchains como Polkadot (DOT) e Stellar (XLM) também estão em busca de espaço no mercado.

💲 A criptomoeda Solana (SOL) tem experimentado uma notável recuperação após o colapso da FTX e a prisão do fundador Sam Bankman-Fried, que era um de seus maiores defensores.

Em cerca de um ano e meio, o valor da moeda subiu de menos de US$ 10 para mais de US$ 160, consolidando-se como a quinta criptomoeda mais valiosa do mundo.

No entanto, essa ascensão tem sido impulsionada principalmente pelas memecoins, que são consideradas de sustentação frágil no longo prazo.

Somente no mês passado, aproximadamente meio milhão de tokens foram criados na plataforma Solana, a maioria deles memecoins.

"Na Solana, não há meio termo. As memecoins representam a diversão para aqueles que acreditam na tecnologia, mas que estão aqui principalmente para se divertir," disse Austin Federa, chefe de estratégia da Solana Foundation, ao InfoMoney.

Federa reconhece que quase todos esses tokens não sobreviverão, mas vê o fenômeno como um grande teste de projetos.

"É verdade que 99,999% falham, mas algumas sobrevivem e se tornam moedas de comunidades, como Shiba, Bonk e Doge," comentou, citando criptomoedas que, juntas, valem atualmente quase US$ 40 bilhões.

"Elas, assim como o Bitcoin, começaram como ideias aparentemente malucas e hoje são comunidades consolidadas."

A Solana Foundation dedica grande parte de seus esforços a doações e investimentos em softwares que ainda não são economicamente viáveis.

Embora a plataforma ainda tenha pouca presença no Brasil, onde o Ethereum (ETH) é mais popular entre os desenvolvedores, a fundação está trabalhando para mudar essa situação.

🗣️ "Temos recursos e podemos apoiar desenvolvedores e comunidades no Brasil. Eles entendem o que o mercado precisa. A tecnologia é neutra culturalmente, mas sua aplicação é frequentemente culturalmente dependente. Por isso, queremos trabalhar com pessoas locais," afirmou Federa.

O crescimento de Solana depende diretamente da criação de novos casos de uso: quanto mais pessoas utilizarem a plataforma, maior será a demanda pelo token SOL, potencialmente elevando seu preço.

No entanto, atrair desenvolvedores para a plataforma é um desafio, pois quem já trabalha com Ethereum teria que aprender uma nova linguagem para programar na Solana, o que exige tempo.

Federa acredita que, por ser um mercado novo, essa transição não será um grande obstáculo para o crescimento do projeto.

"A maioria dos desenvolvedores que chegam à Solana não começou no Ethereum. A maioria é nova na blockchain. Temos desenvolvedores experientes que, após anos em empresas de Web 2.0, decidem migrar para a blockchain," explicou.

Apesar de não revelar os valores investidos pela fundação, Federa minimiza a pressão dos concorrentes. Além do Ethereum, outras blockchains como Polkadot (DOT) e Stellar (XLM) também estão em busca de espaço no mercado.

"O mercado global de cripto ainda é pequeno. Em escala global, há poucos usuários transacionando e usando blockchain, então há muito espaço para crescer sem se preocupar com a concorrência. Nosso foco é fazer da Solana a melhor plataforma possível," concluiu.