Dias antes do natal, o governo dos Estados Unidos enfrentam um problema que pode impactar todos os funcionários públicos. Chamado de shutdown, a ação é tomada sempre que o governo não consegue aprovar o projeto de orçamento público junto à Câmara dos Deputados.
❌ Os parlamentares têm até a noite desta sexta-feira (20) para formar quórum sobre o assunto e, assim, evitar uma interrupção dos serviços públicos. Chegar a um consenso é difícil pois o governo depende de maioria no Congresso para aprovar o orçamento do próximo ano, que, neste caso, prevê a troca de governo entre o atual presidente Joe Biden e o recém-eleito Donald Trump.
O atual orçamento, inclusive, foi fruto de um diálogo feito pelo governo Biden, mas que previa duração apenas até esta sexta. Por isso, para que órgãos públicos e agências governamentais continuem funcionando, é necessária a aprovação de um novo modelo.
Com isso, os EUA estão prestes a ter sua primeira paralisação pública desde 2019. Embora obrigatoriamente sejam mantidos os serviços essenciais, os funcionários não terão remuneração. O temor ronda, por exemplo, sobre os benefícios previdenciários, assistência alimentar, fechamento de parques nacionais e até sobre os serviços de viagens.
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Estima-se que ao menos 119 milhões de estadunidenses devam viajar nos próximos dias para visitar familiares e amigos, o que traz apreensão sobre os atrasos nas viagens.
“Enquanto nosso pessoal está preparado para lidar com grandes volumes de viajantes e garantir viagens seguras, por favor, esteja ciente de que um desligamento prolongado pode significar tempos de espera mais longos nos aeroportos”, disse o diretor da Administração para a Segurança dos Transportes, David Pekoske.
🗳️ Parte deste problema está relacionado ao projeto de orçamento apoiado por Trump e rejeitado pelos democratas, partido rival e que tem maioria no parlamento do país. O eleito pede uma suspensão do teto da dívida pública por pelo menos dois anos, até 2027, além de US$ 110 bilhões extras para cobertura de desastres.
O projeto recebeu votos desfavoráveis, inclusive, de membros do Republicanos, tendo um placar de 235 contra e 174 a favor. “Este projeto de lei foi pensado como um golpe fiscal do Partido Republicano 2.0”, comentou o líder da minoria na Câmara, Hakeem Jeffries.
Trump, porém, mantém seu apoio ao projeto e pede que os congressistas aprovem as medidas: “Todos os republicanos, e até mesmo os democratas, devem fazer o que é melhor para o nosso país, e votar 'SIM’ por este projeto de lei, hoje à noite”, comentou ele.
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