Santander (SANB11): Lucro salta 27,8% e atinge R$ 3,86 bi no 1T25

Resultado superou as expectativas do mercado, que projetava lucro de R$ 3,6 bilhões.

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Publicado em 30/04/2025 às 07:24h - Atualizado 23 minutos atrás Publicado em 30/04/2025 às 07:24h Atualizado 23 minutos atrás por Marina Barbosa
ROE do Santander foi de 17,4% no 1T25 (Imagem: Shutterstock)

O Santander Brasil (SANB11) registrou um lucro líquido gerencial de R$ 3,861 bilhões no primeiro trimestre de 2025.

📈 O resultado saltou 27,8% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o banco lucrou R$ 3,02 bilhões. E, assim, superou a expectativa do mercado, que projetava um lucro de R$ 3,6 bilhões para o banco, segundo a "Bloomberg".

Já em relação ao quarto trimestre de 2024, o dado relativamente estável em relação, com uma alta de 0,2%.

"Registramos lucro líquido de R$ 3,9 bilhões e retorno sobre patrimônio de 17,4%, mantendo os patamares de lucro e rentabilidade do último trimestre de 2024, a despeito de um ambiente macroeconômico doméstico e internacional mais desafiador", comentou o CEO do Santander Brasil, Mario Leão.

Em balanço divulgado nesta quarta-feira (30), o executivo disse ainda que "o resultado do 1T25 reflete nosso foco na execução da estratégia construída ao longo dos últimos anos, voltada para uma operação cada vez mais diversificada, resiliente e rentável".

🏦 A melhora do resultado do Santander Brasil reflete, em grande parte, o aumento da receita do banco.

No primeiro trimestre de 2025, a instituição faturou R$ 21 bilhões. Isto é, 7% a mais que no mesmo período do ano passado.

A margem financeira bruta cresceu 7,7% e chegou a R$ 15,9 bilhões. A cifra foi impulsionada pela margem financeira com clientes, que saltou 9,5% em um ano, puxada pelo aumento da Selic e por maiores volumes de negócios.

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Crédito

💲 Já a carteira de crédito ampliada totalizou R$ 682 bilhões. A cifra ficou praticamente estável em relação ao trimestre anterior (queda de 0,1%), mas subiu 4,3% em relação ao mesmo período de 2024.

De acordo com o Santander, o resultado reflete um aumento de 11,4% dos títulos privados, principalmente em notas promissórias e floating rates notes.

Excluídas as operações no mercado de capitais, a carteira de crédito do Santander subiu 4% em um ano, puxada sobretudo pelo financiamento de veículos e pelo crédito imobiliário. Já as concessões de crédito rural, crédito pessoal e consignado caíram na comparação com o mesmo período de 2024.

"No crédito, seguimos focados nos negócios estratégicos, sem perder de vista nossa forte disciplina na alocação de capital, com foco em linhas de maior rentabilidade e boa qualidade de ativos", comentou o CEO do banco.

Ainda assim, a inadimplência teve um leve aumento. O índice acima de 90 dias subiu de 3,2% para 3,3%.

Mario Leão disse, por sua vez, que "a inadimplência de 90 dias segue controlada e dentro dos parâmetros compatíveis com nosso portfolio desejado e o cenário macro".

Apesar disso, o banco ampliou as provisões para perdas com empréstimos, para R$ 6,3 bilhões. A despesa cresceu 7,7% no trimestre e 5,7% na comparação anual.