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Viktor Orbán, há quase 15 anos no poder como primeiro-ministro da Hungria desde 2010, é uma figura frequentemente associada à extrema direita, enfrentando críticas internacionais por questões como os padrões democráticos, a liberdade de imprensa e os direitos das minorias.
Leia também: Deputados acionam STF e PGR para prisão preventiva de Bolsonaro O nome de Orbán ressurgiu na mídia nesta segunda-feira (25), com a revelação do jornal The New York Times de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve na embaixada húngara no Brasil após a apreensão de seu passaporte em uma operação.
Durante seu mandato como presidente, Bolsonaro se encontrou com Orbán, chegando a chamá-lo de "irmão". Depois que a Polícia Federal confiscou o passaporte de Bolsonararo, Orbán publicou no X, (ex-Twitter): “Um patriota honesto. Continue lutando, Sr. Presidente! @jairbolsonaro”.
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Enquanto Orbán conseguiu consolidar sua influência sobre a Justiça, Bolsonaro tomou medidas como a retirada do Brasil do Pacto Global de Migrações, argumentando que o pacto violava a soberania nacional, uma visão compartilhada por Orbán.
Em 2022, Bolsonaro visitou Moscou e Budapeste, expressando apoio à Rússia em meio à crise na Ucrânia. Durante sua visita, Bolsonaro enfatizou valores tradicionais, como a defesa da família composta por homem e mulher, em linha com as políticas de Orbán e Putin.
Ambos os líderes enfrentam críticas por suas políticas antidemocráticas e suas posturas em relação aos direitos LGBT+. Enquanto Orbán obteve sucesso político ao permanecer no poder desde 2010 e vencer quatro eleições consecutivas, Bolsonaro enfrenta desafios políticos e legais, especialmente relacionados a sua gestão e políticas públicas.
Embora Orbán tenha tido mais êxito em consolidar seu poder e implementar políticas, enfrenta pressões da União Europeia devido a suas políticas antidemocráticas, o que levou a ameaças de multas e sanções. Enquanto isso, Bolsonaro continua a cultivar relações com líderes internacionais de ideologias semelhantes, buscando apoio e solidariedade em sua agenda
Embora o Fidesz tenha entrado no Parlamento em 1990 com uma agenda liberal, Orbán transformou o partido em uma força conservadora, atraindo a classe média e empresários.
Ele se tornou primeiro-ministro pela primeira vez em 1998, servindo até 2002. Em 2010, foi eleito novamente, mantendo-se no cargo até o início de 2022, conquistando um quarto mandato consecutivo.
Nas últimas eleições, Orbán derrotou seus oponentes com uma série de reformas que fortaleceram seu controle do poder e limitaram a influência da oposição.
A retórica anti-imigrante tem sido uma característica proeminente de sua política externa. A Hungria construiu uma cerca na fronteira sul após a crise migratória de 2015 e estabeleceu regras rigorosas de asilo.
Orbán rejeita a imigração como solução para o declínio demográfico, optando por políticas que incentivam a natalidade e protegem a identidade cultural e os valores cristãos.
Ele entrou em conflito com líderes da UE devido a medidas consideradas antidemocráticas, incluindo restrições à imprensa e instituições educacionais.
Críticos afirmam que seu governo consolidou o controle sobre os meios de comunicação estatais, transformando-os em órgãos de propaganda.
Além de Bolsonaro e Putin, Orbán é aliado de Donald Trump, ex-presidente dos EUA.
Com informações da Reuters
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