Rui Costa, da Casa Civil, prevê queda da Selic com recuo do dólar e inflação

Ministro também comentou que o presidente Lula não deve sancionar aumento de deputados.

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Publicado em 08/07/2025 às 12:38h - Atualizado 1 minuto atrás Publicado em 08/07/2025 às 12:38h Atualizado 1 minuto atrás por Wesley Santana
Ministro participou de uma série de entrevistas para falar sobre atual situação do governo federal (Imagem: Reprodução/TV Cultura)

Nesta terça-feira (8), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a taxa básica de juros deve ser reduzida em breve. Atualmente, a Selic está no patamar de 15% ao ano, conforme alteração feita pelo Copom na última reunião.

Segundo ele, uma eventual redução se sustenta na queda da cotação do dólar e na redução da inflação dos alimentos. Ele ainda reafirmou a expectativa do governo de que a economia brasileira deve crescer cerca de 3% em 2025.

“Apesar de um cenário externo adverso no primeiro semestre, contas públicas dão sinais de melhoria substantiva. A queda do dólar e da inflação vai sustentar o recuo da taxa de juros em breve, o que vai repercutir na redução do serviço da dívida”, declarou, em entrevista à GloboNews.

O ministro também comentou sobre o preço da energia elétrica no país e dos planos do Planalto para redução da fatura. O comentário vem na sequência de o Congresso aprovar o Marco Legal das Eólicas Offshores, que carregou diversos jabutis.

O governo tem planejado promulgar, nas próximas semanas, uma Medida Provisória para corrigir distorções nos preços. “O Brasil produz a energia mais barata do mundo, mas a conta de energia é uma das mais caras porque carregamos muitos subsídios”.

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Sem aumento dos deputados?

Na véspera, o político participou do programa Roda Viva, da TV Cultura, onde comentou outros pontos dos projetos de Lula. Ele destacou, por exemplo, que o presidente não vai sancionar o aumento dos deputados aprovado pelo Congresso.

Segundo o que ficou decidido pelos parlamentares é que a Câmara dos Deputados deve passar de 513 para 531 deputados federais. Um dos problemas dessa medida é a eventualidade de gerar efeito cascata em outros poderes, caso das Assembleias Legislativas Estaduais e das Câmaras de Vereadores.

“Diria que é pouco provável que ele sancione”, pontuou ele. "Essa é uma reflexão que o presidente tem que fazer, dada a sua responsabilidade. O presidente é aficionado pela responsabilidade pelo país. Com certeza ele fará as reflexões de cada uma das opções, essa é uma escolha que só cabe a ele”, afirmou Costa.

Caso Lula decida não sancionar, a Câmara pode, por iniciativa própria, promulgar a alteração como um decreto legislativo. No entanto, a sociedade civil tem feito pressão para que os parlamentares recuem da proposta.