Reforma tributária tem texto-base aprovado no Senado

Políticos em Brasília ainda decidem destaques, como itens no "imposto do pecado"; saiba como deve ficar

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Publicado em 12/12/2024 às 18:32h - Atualizado 4 meses atrás Publicado em 12/12/2024 às 18:32h Atualizado 4 meses atrás por Lucas Simões
Nas discussões da reforma tributária, armas de fogo e munições saíram do Imposto Seletivo

🗳️ O Senado Federal aprovou, na tarde desta quinta-feira (12), o texto-base da regulamentação da reforma tributária. Foram 49 votos favoráveis e 19 contrários.

A regulamentação da reforma trata das regras de incidência dos novos impostos sobre o consumo: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), em nível federal, e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), em nível estadual ou municipal.

Além disso, haverá o Imposto Seletivo (IS), o chamado "imposto do pecado", que é uma sobretaxa aplicada sobre determinados produtos e serviços considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.

Pela manhã, o texto, relatado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), havia sido aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), antes de seguir para o plenário. Agora, os senadores seguem votando diversos destaques ao texto principal, que podem alterá-lo.

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Mudanças de última hora na reforma tributária

Uma dessas alterações, por exemplo, foi a exclusão de armas de fogo e munições do Imposto Seletivo. A emenda com essa exclusão já havia passado na CCJ, mas outra foi reapresentada, em plenário, para que esses itens voltassem a ser sobretaxados.

A medida era defendida pelo relator e senadores da base governista, mas não obteve os 41 votos necessários. Com isso, armas e munições não pagarão tributo adicional.

🍹 Outro item excluído do "imposto do pecado" foram as bebidas açucaradas, como sucos e refrigerantes industrializados. Foi mantida no parecer de Braga, e confirmada em plenário, a isenção para 22 produtos da cesta básica, incluindo carnes e queijos.

Os senadores seguem analisando os destaques. Ao final da votação, o projeto voltará à Câmara dos Deputados, que poderá manter ou retirar pontos aprovados pelo Senado, dando a palavra final sobre a regulamentação.

(Com informações da Agência Brasil)