Quilo do arroz importado deve custar até R$ 4, diz governo

Em razão da situação de calamidade que passa o Rio Grande do Sul, o governo brasileiro terá de importar arroz estrangeiro para suprir a demanda intern. De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o quilo do arroz importado custará no máximo R$ 4 ao consumidor final.

🍚 O primeiro leilão para aquisição do grão está marcado para esta quinta-feira (6), quando o governo federal pretende adquirir até 300 mil toneladas. Outros editais estão previstos para os próximos meses e devem acontecer até o fim de 2024, conforme disse a Cohab em nota.

O Executivo separou R$ 1,7 bilhão como despesas reservadas para compra de arroz, que é um dos alimentos mais consumidos pela população brasileira. Além disso, ainda foram disponibilizados R$ 630 milhões para equalização dos preços para venda do produto no mercado interno.

As cidades do RS são responsáveis por produzir 68% do arroz brasileiro. Por isso, de acordo com a análise do governo, é necessário tomar medidas que abasteçam o mercado e evitem especulação financeira.

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Atualmente, em média, o quilo do arroz custa R$ 6,46 ao consumidor final, segundo dados da consultoria Horus. Os dados foram mapeados em 12 de maio, considerando as embalagens de 5 quilos em várias cidades do Brasil.

Por outro lado, a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) entrou com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) para barrar a importação do arroz. Segundo a entidade, que representa os produtores, a compra pode prejudicar o setor produtivo.

Na ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade), a confederação alega que 84% da área plantada para produção de arroz já foi colhida antes das enchentes no estado. Por isso, segundo ela, não existe risco de desabastecimento.

“Dados realistas do setor indicam que a safra gaúcha de 2023/2024 foi de aproximadamente 7,1 milhões de toneladas de arroz, patamar aproximado ao volume colhido pelo Estado na safra 2022/2023 que foi de 7,239 milhões de toneladas, segundo dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga)”, pontua o órgão.