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🪧 Neste domingo (21), multidões de colombianos inundaram as ruas em protesto contra as propostas de reformas econômicas e sociais do governo de esquerda liderado pelo presidente Gustavo Petro, principalmente em relação à tentativa de estatização do setor de saúde.
Petro reconheceu, através das redes sociais, a participação de aproximadamente 250 mil pessoas em todo o país no protesto, destacando sua ocorrência especialmente em Medellín, Bogotá e Bucaramanga. Ele enfatizou que as manifestações foram conduzidas com respeito máximo, garantindo que sua administração continua a defender a liberdade de expressão e os direitos do povo.
Entretanto, ele não deixou de mencionar que o cerne desses protestos é clamor pelo "Fora Petro" e pela queda do governo de mudança. Para ele, já está em curso um processo de "golpe branco" que busca anular a decisão popular pela mudança em 2022, referindo-se à sua eleição.
Alguns dos manifestantes buscam um acordo que reverta as reformas que beneficiam o povo, alegando que estas mantêm a apropriação de grandes somas de dinheiro público para benefício privado", afirmou.
Segundo o presidente, as forças populares do país devem reagir a isso no 1º de maio. "Não se trata de dividir o país, pois já está dividido. Trata-se de amplificar a voz popular", declarou.
De acordo com a Reuters, apesar do céu nublado e da chuva, cerca de 70 mil pessoas marcharam em Bogotá, conforme estimativas do governo municipal, entoando "fora Petro", brandindo bandeiras nacionais e tocando trombetas antes de convergirem na Praça Bolívar, no centro da cidade.
As reformas, que o presidente afirma combater a profunda desigualdade, mas que seus oponentes afirmam prejudicar a economia, foram as principais promessas de campanha do líder de 64 anos, que assumiu o cargo em 2022.
A marcha de ontem ocorreu após um comitê do Senado rejeitar, no início do mês, uma proposta de reforma da saúde que buscava retirar o poder das seguradoras e ampliar o acesso aos serviços médicos. O governo tomou controle de duas grandes seguradoras que, segundo ele, não estavam cumprindo adequadamente com seus deveres para com os pacientes.
Espera-se que o governo apresente uma nova versão da reforma da saúde quando a nova sessão legislativa começar em julho. As reformas previdenciária e trabalhista ainda estão em discussão entre os parlamentares.
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