🏦 O Banco Central do Brasil divulgou, nesta sexta-feira (19), o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) referente ao mês de novembro. O IBC-Br teve variação positiva de 0,01% no penúltimo mês de 2023. Em relação a novembro de 2022, no entanto, o indicador teve alta de 2,19%.
📊 Já na comparação entre o trimestre encerrado em novembro e o trimestre fechado em agosto, o indicador teve queda de 0,49%. Comparando o trimestre encerrado em novembro de 2023 e o mesmo período de 2022, foi registrado um avanço de 1,20% na economia.
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O IBC-Br acumulou alta de 2,40% nos 11 primeiros meses de 2023, além de um crescimento de 2,31% em 12 meses.
🗣️ Para Thiago Lourenço, operador de renda variável da Manchester Investimentos, embora o resultado do IBC-Br de novembro tenha interrompido os patamares negativos, a estabilidade no indicador reflete um comportamento ainda preocupante, do ponto de vista de crescimento.
"Isso acaba refletindo diretamente a preocupação de que a gente talvez entre em um processo recessivo um pouco mais forte, o que ao mesmo tempo favorece essa continuidade da queda dos juros, mas ao mesmo tempo que a gente vê algumas leituras da inflação um pouco mais altas, a gente vê a atividade econômica um pouco mais fraca, o que seria um cenário preocupante", afirmou Lourenço ao
Investidor10.
Lourenço também destacou que os próximos dados, referentes ao mês de dezembro e ao acumulado de 2023, devem pesar mais sobre o mercado, já que podem dar um norte sobre o que esperar da economia brasileira neste ano.
"Talvez a gente tenha um mês de dezembro um pouco mais forte por conta de sazonalidade, já que o consumo tende a ser maior neste período. Se isso se confirmar, é possível que começamos 2024 com a expectativa um pouco melhor. Caso dezembro seja fraco, possivelmente entraremos em um espiral um pouco mais pessimista, em que o governo continua enfrentando dificuldades fiscais e a economia fica sem reação para poder compensar esse déficit fiscal", disse o especialista.
Para Fabricio Gonçalvez, especialista em mercado financeiro, os números recentes do IBC-Br confirmam a expectativa de desaceleração da atividade econômica no segundo semestre de 2023.
Gonçalvez destacou as "condições financeiras ainda bem apertadas e o declínio do crescimento baseado na supersafra agrícola e no setor de serviços".