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O IPCA-15 (Índica de Preços ao Consumidor Amplo 15) fechou o mês de dezembro com alta de 0,34%. Houve, portanto, uma desaceleração em relação a novembro, quando o resultado foi de 0,62%.
🛒 Com isso, no acumulado do ano, a prévia da inflação ficou em 4,71%, acima do teto definido pelo Conselho Monetário Nacional que foi de 4,5%. A alta acumulada do último trimestre do ano foi de 1,51%, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).
O IPCA-15 serve como uma antecipação da inflação oficial que só será divulgada em janeiro, de acordo com o calendário do IBGE. O cálculo não considera todo o mês, mas 15 dos dois últimos meses -neste caso, entre 15 de novembro e 14 de dezembro.
Em dezembro, os produtos que mais tiveram alta foram os da categoria de Alimentação e Bebidas, que subiram 1,47%, ampliando o resultado de 1,34% de novembro. Os preços do óleo de soja e das carnes foram os que tiveram a maior contribuição para este resultado.
Na sequência, as despesas pessoais quase que dobraram de um mês a outro, chegando a 1,36%. Nesse grupo, o cigarro foi o maior responsável, já que subiu mais de 12,7% no intervalo de 30 dias.
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Por outro lado, houve uma deflação importante na categoria de Habitação, na qual os preços caíram 1,32%, puxados pela conta de luz residencial que recuou 5,7%. Os artigos de residência também apresentaram variação negativa de 0,52%, assim como Saúde e cuidados pessoais (-0,05%).
Entre as capitais pesquisadas, apenas duas delas tiveram deflação no período: Brasília (-0,04%) e Recife (-0,03%). Já Salvador foi onde os preços mais subiram (0,66%), seguido de Belém (0,56%) e Belo Horizonte (0,41%).
Os resultados de São Paulo e Rio de Janeiro, as duas maiores cidades do país, foram iguais: alta de 0,36%. No acumulado do ano, a inflação nestes dois locais foi de 4,74% e 4,66%, respectivamente, ainda segundo o IBGE.
📈 Embora este ainda não seja o resultado oficial, a medição da prévia coloca a meta do CMN no centro do debate. Isso porque o órgão havia definido o centro da meta em 3% no ano, com uma margem de 1,5% para mais ou menos.
Neste caso, o IPCA-15 mostra um possível estouro da meta, com uma margem de 0,21% acima do limite estabelecido.
Essa performance há havia sido antecipada por agentes do mercado, depois da inflação oficial de novembro que já mostrava um estoura da meta, com 4,87% nos últimos 12 meses imediatamente anteriores. O próprio Banco Central destacou que a probabilidade da inflação estourar a meta era de 100% em 2024, conforme comunicado divulgado na semana passada.
"A probabilidade de a inflação ultrapassar o limite superior do intervalo de tolerância aumentou. A probabilidade estimada, construída a partir dos intervalos de probabilidade, passou de 36% para perto de 100% no caso de 2024", informou o Banco Central.
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