2025 é o ano do ouro caro e do dólar barato; saiba o pódio dos investimentos
Metal precioso se valoriza quase +30% no ano, ao passo que o dólar tem a maior queda anual desde 2016.
🚨 A Volkswagen (VOW3) e sua subsidiária de luxo, a Porsche AG, sofreram um duro revés nesta sexta-feira (19) após a fabricante anunciar o adiamento no lançamento de seus veículos totalmente elétricos.
A decisão reflete uma conjunção de fatores: demanda global mais fraca do que o esperado, forte pressão competitiva no mercado chinês e tarifas mais elevadas nos Estados Unidos.
O impacto imediato foi a revisão das projeções financeiras para 2025, com uma perda estimada de € 5,1 bilhões (cerca de US$ 6 bilhões).
A Porsche, tradicionalmente vista como um dos símbolos da transição da Volkswagen para a eletromobilidade, informou que o atraso afetará diretamente seu portfólio de novos modelos.
A companhia já trabalhava na expansão de sua linha de veículos elétricos, mas, diante da conjuntura global, decidiu postergar parte da estratégia.
Como consequência, a montadora agora espera que sua margem de Ebitda fique entre 10,5% e 12,5% neste ano, muito abaixo da previsão anterior de 14,5% a 16,5%.
De acordo com o comunicado, o novo veículo esportivo que seria posicionado acima do modelo Cayenne não será lançado inicialmente como 100% elétrico, mas sim em versões a combustão e híbrida.
Além disso, a Porsche decidiu estender o período de produção de seus modelos atuais com motores tradicionais e híbridos, numa clara tentativa de proteger margens em um momento de menor apetite global por veículos elétricos premium.
A decisão também evidencia que a transição da indústria automotiva para a eletrificação enfrenta obstáculos relevantes.
O alto custo das baterias, a desaceleração da economia chinesa, maior mercado de elétricos no mundo, e as tensões comerciais com os Estados Unidos — que elevaram tarifas de importação — têm pressionado os planos de fabricantes europeias.
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A controladora Volkswagen, maior montadora da Europa, foi obrigada a revisar para baixo suas metas de rentabilidade.
O grupo agora projeta retorno operacional sobre as vendas em 2025 entre 2% e 3%, menos da metade da estimativa anterior, que variava entre 4% e 5%.
Esse ajuste reforça a percepção de que a empresa enfrenta um desafio duplo: por um lado, precisa sustentar a lucratividade de seus negócios tradicionais de combustão interna; por outro, deve acelerar a transição para os veículos elétricos sem comprometer sua saúde financeira.
O caso da Porsche não é isolado. Diversas fabricantes globais vêm revisando seus cronogramas de eletrificação diante da combinação de custos elevados, incertezas regulatórias e resistência de consumidores a adotar carros elétricos em massa.
🚗 Mesmo assim, especialistas lembram que atrasos não significam abandono da estratégia: em médio e longo prazo, a eletrificação segue como caminho inevitável para atender metas climáticas e de sustentabilidade impostas por governos e consumidores.
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