PIB da China cresce 4,7% no 2º trimestre e desaponta analistas

O resultado ficou aquém das expectativas dos analistas, que previam um crescimento de 5,1%.

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Publicado em 15/07/2024 às 07:48h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 15/07/2024 às 07:48h Atualizado 3 meses atrás por Matheus Rodrigues
Imagem: Shutterstock.

📊 O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 4,7% no segundo trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS).

Este resultado ficou aquém das expectativas dos analistas, que previam um crescimento de 5,1%, e representa uma desaceleração em relação ao crescimento de 5,3% registrado no trimestre anterior.

Em termos trimestrais, a economia chinesa avançou 0,7% no segundo trimestre, também abaixo da previsão de 1,1%. Nos três meses anteriores, o crescimento havia sido de 1,5%, após revisão para baixo.

Outro indicador econômico que ficou aquém das expectativas foi o das vendas no varejo em junho, que subiram 2% em comparação com o mesmo mês de 2023, enquanto a estimativa era de um aumento de 3,3%.

Em contraste, a produção industrial anual em junho superou as expectativas, com um crescimento de 5,3%. A manufatura de alta tecnologia destacou-se com um aumento de 8,8% no valor adicionado.

A taxa de desemprego urbano na China foi de 5,1% no primeiro semestre de 2024, uma diminuição de 0,2 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com a agência Xinhua, o NBS atribuiu o desempenho econômico mais fraco do segundo trimestre a fatores temporários, como condições climáticas extremas e inundações.

📈 No entanto, o NBS também destacou desafios estruturais, como a demanda insuficiente e a instabilidade econômica interna.

Apesar disso, o órgão afirmou que os fundamentos econômicos de longo prazo permanecem sólidos e que a trajetória de desenvolvimento de alta qualidade continua inalterada.

O PIB da China atingiu aproximadamente 61,68 trilhões de yuans (cerca de US$ 8,65 trilhões) no primeiro semestre de 2024.

O consumo final foi responsável por 60,5% do crescimento econômico nos primeiros seis meses do ano, contribuindo com 3 pontos percentuais para a expansão do PIB.

Esses dados ressaltam os desafios enfrentados pela segunda maior economia do mundo, ao mesmo tempo que indicam áreas de resiliência e crescimento potencial.