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📋 O caso envolvendo as joias recebidas da Arabia Saudita teve um novo desdobramento nesta segunda-feira (8). Em relatório, a Polícia Federal diz que os bens que sofreram tentativa de desvio por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro e sua equipe somam R$ 6,8 milhões, desconsiderando peças que ainda estão em perícia.
O documento foi enviado pela polícia ao STF (Supremo Tribunal Federal) destacando que o político e seus assessores “atuaram para desviar presentes de alto valor recebidos em razão do cargo pelo ex-presidente da República”. Ainda segundo a PF, a intensão era vender os itens no exterior para obter “benefício pessoal” de Bolsonaro.
Nos arquivos conta que Bolsonaro recebeu ao menos US$ 25 mil em dinheiro vivo das mãos do general do Exército Mauro Cesar Lorena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. A polícia diz que o dinheiro em espécie foi usado como estratégia para que os envolvidos fugissem do sistema financeiro formal.
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“Identificou-se ainda que os valores obtidos dessas vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-presidente da República, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores”, diz o documento.
Além disso, a PF ainda cruzou dados e percebeu que, em dezembro de 2022, Bolsonaro e sua equipa utilizaram o avião presidencial para levar as joias aos Estados Unidos. Lá, os bens teriam sido enviados a lojas especializadas em venda e leilão de alto valor em Nova Iorque e Miami.
Também nesta segunda, o relator do caso no STF, ministro Alexandre de Moraes, retirou o sigilo do processo e deu acesso integral aos autos à defesa de Bolsonaro. O ex-presidente e seus assessores foram indiciados, na semana passada, em um inquérito que investiga apropriação indevida dos presentes recebidos do regime saudita.
Procurado pela imprensa, a defesa de Bolsonaro não se pronunciou.
O desdobramento envolve três kits de presentes recebidos por Bolsonaro quando ele ainda era presidente da República.
Além do político, constam no inquérito: Fabio Wanjngarten (advogado), Mauro Cesar Barbosa Cid (ex-ajudante de ordens), Mauro Cesar Lorena Cid (general do Exército e pai de Mauro Cid), Frederick Wassef (advogado), Bento Albuquerque (ex-ministro de Minas e Energia), entre outros.
O ministro Alexandre de Moraes deu 15 dias para a PGR (Procuradoria Geral da União) analisar as provas colhidas pela PF e decidir se vai arquivar, pedir mais investigação ou denunciar os envolvidos. Depois disso, o STF ainda tem de decidir se aceita a denúncia da PGR ou se arquiva o caso.
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