PCC teria orientado voto a Boulos nas eleições em SP; Justiça desconhece

Candidato do PSOL entra com ação por abuso de poder político contra o governador paulista Tarcísio de Freitas

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Publicado em 27/10/2024 às 18:29h - Atualizado 3 minutos atrás Publicado em 27/10/2024 às 18:29h Atualizado 3 minutos atrás por Lucas Simões
Na ação de Boulos, o governador paulista é acusado de usar o cargo para favorecer Nunes (Imagem: Shutterstock)

⚖️ A Justiça Eleitoral divulgou na tarde deste domingo (27) de eleições que desconhece suposta orientação de voto da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL). 

“Não chegou ao conhecimento do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo nenhum relatório de inteligência nem nenhuma informação oficial”, respondeu à assessoria de imprensa do TRE-SP em consulta da Radioagência Nacional (EBC).

Boulos entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) na 1ª Zona Eleitoral por abuso de poder político e abuso no uso indevido dos meios de comunicação, contra o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Ao lado do prefeito Ricardo Nunes (PMDB), candidato à reeleição, o governador paulista afirmou, sem apresentar provas, que integrantes da facção orientaram parentes e apoiadores a votarem em Boulos.

➡️ Leia mais: Datafolha em SP: Nunes tem 57% dos votos válidos e Boulos, 43%

Polêmica no dia das Eleições 2024 em SP

A declaração de Tarcísio de que “teve o salve” do PCC pedindo voto em Boulos foi dada em entrevista coletiva no colégio Miguel Cervantes, na zona sul de São Paulo, onde vota o governador.

Na ação de Boulos, o advogado Francisco Octávio de Almeida Prado Filho afirma que “a utilização do cargo de Governador do Estado para interferir no resultado da eleição, no dia da votação, é evidente.”

🗳️ “A finalidade eleitoral fica clara pela escolha do momento para divulgação da coletiva, durante o horário da votação, com a presença dos candidatos abertamente apoiados pelo atual governador, todos com adesivo de propaganda dos candidatos representados em suas camisas”, diz Prado Filho.

Para a defesa de Boulos, a atitude do governador foi “coordenada” com a campanha de Ricardo Nunes, “de forma abusiva e criminosa, durante o horário de votação.”

A reportagem entrou em contato com o governo de São Paulo para pedir um posicionamento sobre o caso e mantém o espaço aberto para posicionamento.

(Com informações da Agência Brasil)