A MRV (MRVE3) avisou nesta sexta-feira (11) que deve registrar uma baixa contábil milionária no seu próximo balanço, devido a perdas registradas na sua operação americana, a Resia.
📈 Ainda assim, as ações da companhia operam em forte alta na B3, com a expectativa dos investidores de que essa baixa reduza as incertezas e inaugure uma nova fase na operação da empresa nos Estados Unidos.
Às 14h30, o papel da MRV avançava 4,91% na B3. O Ibovespa, por outro lado, recuava 0,69%, pressionado pela política tarifária americana.
Diante da persistência de juros altos nos Estados Unidos, a MRV decidiu mudar a sua estratégia de atuação no país no final de 2024.
A ideia é reduzir o ritmo de lançamentos e vender cerca de US$ 800 milhões em ativos para reduzir a alavancagem da Resia, a sua subsidiária americana.
💲 Nesta sexta-feira (11), no entanto, a companhia anunciou uma redução de até US$ 144 milhões no valor que poderia ser recuperado através das vendas de imóveis da Resia. Ou seja, um impairment de aproximadamente R$ 800 milhões na cotação atual.
Segundo a MRV, essa perda foi calculada a partir de estudos realizados para cada ativo, condições do mercado local e laudos contratados por empresas especializadas no mercado de real estate norte-americano.
A MRV informou ainda que, após avaliação por empresa de auditoria independente, essa baixa contábil vai constar no balanço do segundo trimestre de 2025, que será divulgado no próximo dia 12 de agosto.
"Realizaremos um impairment no 2T25 contemplando todos os ativos que serão vendidos abaixo de custo", informou.
A incorporadora avisou, contudo, que ainda pretende levantar US$ 493 milhões de caixa com a venda de ativos da Resia até 2026. Outros US$ 117 milhões já foram obtidos.
Com esses desinvestimentos, a MRV espera retornar US$ 128 milhões de capital aos investidores dos projetos e ainda reduzir a alavancagem da Resia em US$ 365 milhões.
🏙️ Dessa forma, agora a MRV espera que a Resia apresente uma geração de caixa de US$ 270 milhões em 2025 e US$ 493 milhões até o final de 2026.
Já a dívida líquida da empresa deve cair de US$ 459 milhões para US$ 94 milhões ao final do processo de desinvestimentos.
A partir daí, a ideia é construir uma "Nova Resia", focada em projetos de alto retorno e com uma estrutura de capital mais eficiente.
Ranking do Investidor10 monitora o desempenho das ações brasileiras nos últimos 30 dias, filtrando as maiores variações.
Investidor10 mostra que as ações da construtora estão em seu menor patamar de preço desde janeiro de 2016.
