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📉 O IBGE divulgou nesta terça-feira (10), o resultado da inflação do mês de agosto. Pela primeira vez em mais de um ano, o Brasil registrou na verdade uma deflação, de 0,02% no acumulado de 31 dias.
O resultado veio abaixo do esperado pelo mercado, que apontava até 0,13% de alta. No entanto, as categorias de Alimentos e Habitação contribuíram para que o saldo no fim do mês fosse mais favorável.
Com isso, surge a dúvida sobre como vai ser a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), marcada para a próxima semana. A questão que paira é se os diretores vão votar para manter a taxa básica de juros no patamar atual de 10,5% ao ano ou vão fazer algum ajuste para cima.
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Antes do resultado de agosto, o Boletim Focus publicado na segunda-feira (9), que trouxe uma análise dos principais entes do mercado, apontou uma Selic em 11,25% no final de 2024. Ou seja, um incremento 0,75% em relação ao número de hoje.
Uma eventual subida da Selic serve para tentar manter a inflação dentro da meta oficial. Para 2024, o núcleo da inflação é de 3%, mas há uma margem de 1,5% para mais ou menos.
Na análise de André Braz, coordenador de preços do FGV/IBRE, o resultado do IPCA deve ter pouca influência sobre a decisão que será divulgada na quarta (18). Isso porque há outros indicadores que mostram a persistência da inflação, como o aumento da conta de luz em razão da bandeira tarifária vermelha 1.
“Não é uma inflação fora de controle ou excessivamente alta, mas é mais persistente, que não mostra, pelo menos por ora, sinais de que vai recuar muito além do que já recuou”, avalia Silvio Campos Neto, economista da Tendências, em entrevista ao UOL.
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