Vale (VALE3) e BHP encerram processo de recuperação judicial da Samarco
O caso estava em curso desde a crise gerada pelo rompimento da barragem de Fundão, em novembro de 2015, em Mariana (MG).
A temporada de balanços já começou, e algumas das empresas mais esperadas pelos investidores são as chamadas blue chips. Essas são aquelas companhias com os maiores valores de mercado e montante de investidores.
💰 Uma delas é a mineradora Vale (VALE3) que hoje soma quase US$ 45 bilhões de capitalização. A companhia divulga seus resultados do primeiro trimestre de 2025 nesta quinta-feira (24), depois do pregão da bolsa de valores.
Durante a manhã, os papeis da companhia operavam com alta superior a 1%, de acordo com dados da bolsa de valores. Cada ação era negociada por cerca de R$ 55, enquanto nos EUA os ADRs ensaiavam uma chegada aos US$ 10.
O consenso LSEG, que reúne a opinião de diversos analistas, prevê a reversão do prejuízo auferido pela companhia em 4T25. Eles projetam um lucro de US$ 1,599 bilhão entre os meses de janeiro e março deste ano.
Já a expectativa de receita ficou em US$ 8,03 bilhões, essa com um recuo de 5% na base anual, de acordo com os especialistas. Eles esperam que o Ebitda da mineradora termine em US$ 3,163, o que representaria uma estabilidade na comparação com um ano antes.
Entre os bancos, o BTG Pactual espera que o lucro líquido seja ainda maior, de R$ 2,2 bilhões, também revertendo o prejuízo anterior. Já para a receita, os analistas falam em US$ 8,4 bilhões, com avanço de 17% no intervalo de um trimestre e de 1% na base de doze meses.
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“Apesar de continuarmos a ver avanços na tese micro da companhia — tanto operacionalmente quanto em relação à mitigação de riscos importantes nos últimos meses —, nossa visão cautelosa sobre o cenário de minério de ferro ainda sustenta nossa recomendação neutra”, disse o relatório do banco.
Já o Itaú BBA prefere ser um pouco mais comedido, estimando um lucro de US$ 1 bilhão, que representaria uma queda de 34% em um ano. Os analistas destacam o preço médio do minério de ferro que ficou abaixo do esperado, o que teria causado algum impacto nos números finais da empresa.
“Este trimestre foi marcado por vendas de estoques e uma estratégia comercial focada em produtos de teor médio. Além disso, a disponibilidade sazonalmente menor de produtos de alto teor e os menores prêmios de mercado levaram a uma deterioração sequencial no prêmio médio de qualidade da Vale”, dizem Daniel Sasson, Edgard Pinto de Souza e Barbara Soares, que assinam o relatório do Itaú BBA.
🛠 A principal fonte para as opiniões é o relatório de produção da Vale, já divulgado pela companhia antes do balanço. No 1T25, a companhia apresentou uma queda em razão das chuvas que vieram acima da média no Brasil e também por causa de problemas com licenciamento.
Por outro lado, houve crescimento de 3.6% nos embarques que chegaram a 66,1 milhões de toneladas. Isso foi possível graças a uma estratégia de gestão de estoque, que permitiu otimizar o fluxo de mercadorias anteriores e escoá-las durante os primeiros meses do ano.
O caso estava em curso desde a crise gerada pelo rompimento da barragem de Fundão, em novembro de 2015, em Mariana (MG).
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