Mauro Cid é preso novamente por decisão do STF e desmaia ao saber da sentença

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi novamente preso por não cumprir medidas cautelares e por tentar interferir no curso da Justiça.

Author
Publicado em 22/03/2024 às 20:39h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 22/03/2024 às 20:39h Atualizado 3 meses atrás por Jennifer Neves
Foto - Antônio Cruz/Agência Brasil

🖊️ O tenente-coronel Mauro Cid, que anteriormente atuou como ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi novamente preso por não cumprir medidas cautelares e por tentar interferir no curso da Justiça.

A ordem de prisão preventiva contra o militar foi emitida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que está encarregado de conduzir o inquérito sobre os eventos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, envolvendo a invasão das sedes dos Três Poderes em Brasília, além de investigar questões relacionadas às milícias digitais e notícias falsas.

Leia mais: Mauro Cid reclama da PF e de Moras em áudios divulgados por revista

No entanto, a Corte Suprema não especificou quais medidas foram desrespeitadas por Mauro Cid. Após receber a notícia de sua nova prisão, o tenente-coronel desmaiou no STF, quando pediu intervenção de socorristas. Após algum tempo, ele se recuperou.

Em setembro do ano passado, quando teve sua primeira prisão preventiva revogada por Moraes, o tenente-coronel estava sujeito a sete medidas restritivas.

Essas medidas incluíam:

  • uso de tornozeleira eletrônica -
  • restrição de saída da comarca
  • proibição de deixar a residência durante a noite e nos fins de semana
  • afastamento de suas funções militares
  • apresentação semanal perante o tribunal local
  • proibição de viagens internacionais
  • cancelamento de passaportes
  • suspensão do porte de arma
  • prática de tiro e caça
  • restrição do uso de redes sociais e comunicação apenas com membros específicos da família.

Em sua determinação de setembro de 2023, Moraes destacou que qualquer violação das medidas alternativas resultaria na revogação e prisão de Mauro Cido, que se concretizou nesta sexta-feira.

A prisão de Cid acontece em meio ao vazamento de áudios nos quais ele alega ter sido pressionado pela Polícia Federal durante os depoimentos, além de ter criticado Moraes.