Manifestantes protestam em 7 capitais contra a anistia e a PEC da Blindagem

🚨 Milhares de pessoas foram às ruas neste domingo (21) em diferentes regiões do país para protestar contra a chamada PEC da Blindagem, aprovada nesta semana pelo Congresso Nacional, e contra a urgência concedida ao projeto de lei que prevê anistia a condenados por tentativa de golpe de Estado, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro, sentenciado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e três meses de prisão.

Até o início da tarde, atos já haviam sido registrados em Brasília, Salvador, Belo Horizonte, Manaus, Belém, Natal e outras capitais, com novos protestos previstos para ocorrer ainda hoje em São Paulo, Rio de Janeiro, João Pessoa e São Luís.

Os manifestantes carregavam cartazes com frases como “sem anistia” e “cassação já” e entoavam gritos contra os parlamentares que apoiaram a proposta.

Em Brasília, o ato se concentrou em frente ao Museu Nacional da República e seguiu em caminhada até a região próxima ao Congresso Nacional, em um dos protestos mais expressivos do dia.

Artistas se engajam

Na Bahia, a mobilização ganhou reforço da cantora Daniela Mercury e do ator Wagner Moura, que discursaram contra a PEC e pediram mobilização popular para barrar o avanço das propostas.

Já em Belo Horizonte, a cantora Fernanda Takai participou da caminhada entre a Praça Raul Soares e a Praça Sete, reforçando o caráter cultural e social do movimento.

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Outras cidades

1. Manaus: manifestantes ocuparam a Avenida Getúlio Vargas com faixas e bandeiras contra a anistia.

2. Belém: o ato reuniu movimentos estudantis e sindicais, que marcharam até a Praça da República.

3. Natal: protesto no centro da cidade destacou críticas ao Congresso e defesa da democracia.

O que aconteceu

A PEC da Blindagem e o projeto de anistia têm provocado forte polarização política no país. Enquanto apoiadores argumentam que as medidas seriam necessárias para “proteger o Parlamento” e “pacificar o país”, opositores enxergam um grave retrocesso democrático, especialmente após as condenações relacionadas ao 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram atacadas em Brasília.

Com a pressão das ruas e a repercussão negativa, parlamentares já avaliam possíveis ajustes no texto, mas ainda não há previsão de recuo.

📊 Os atos deste domingo demonstram que o tema deve continuar dominando o debate político ao longo da semana.