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🗣️ Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (27), o presidente do Banco Central Roberto Campos Neto comentou sobre a decisão da manutenção da taxa de juros em 10,5% ao ano. Segundo ele, a reunião foi com "maior espírito de equipe”.
“A gente entende que a decisão tomada foi uma decisão no sentido de dirimir essa possível interpretação de ruído e de deixar bem claro que nossa decisão é técnica e não tem componente político”, disse ele.
Campos Neto falou aos jornalistas durante o evento de apresentação do RTI (Relatório Trimestral de Inflação), que prevê um aumento de 2,3% na projeção do PIB para 2024. O documento ainda mostra que, na análise do BC, a probabilidade da inflação fechar o ano dentro da meta é de 28%.
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“Tem uma inflação corrente está mais ou menos em linha com a desaceleração esperada, mas tem uma desancoragem de expectativa de inflação, enquanto o fiscal tem números que não estão muito diferentes do esperado no curto prazo, mas existe uma percepção grande de piora do fiscal […] quando a gente olha a parte qualitativa”, comentou o executivo.
Na semana passada, o Copom decidiu interromper o ciclo de corte da Selic e manter a taxa básica de juros no mesmo patamar. Todos os diretores do órgão votaram pela manutenção, dizendo que havia necessidade de cautela por parte dos países emergentes, caso do Brasil.
A próxima reunião do comitê está marcada para os dias 30 e 31 de julho, quando os diretores devem decidir o novo ciclo dos juros no país. A projeção do Boletim Focus é que a taxa termine 2024 em 10,5%, ou seja, que não haja novos ajustes para cima ou para baixo neste ano.
Um dos principais assuntos que Neto tem sido obrigado a responder sempre é sobre sua carreira depois que deixar o comando do Banco Central. Já se falou sobre uma possível abertura de fintech, candidatura a um cargo político e até uma nomeação para ser secretário ou ministro de futuros governos.
Sobre esse último tema, Campos Neto descartou que tenha tido conversas com o atual governador de São Paulo Tarcísio de Freitas para algum cargo no Executivo. “Eu nunca falei isso, nem o Tarcísio, em nenhum momento”.
“Obviamente, minhas áreas de atuação são tecnologia e finanças, então é bem razoável que em algum momento na minha vida no futuro eu queria fazer alguma coisa que junte tecnologia com finanças”, esclareceu.
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