Lula está decidido a aplicar reciprocidade e não pensa em ligar para Trump, diz site

A Secretaria de Comunicação Social do governo disse que o Planalto não espera um recuo por parte de Trump.

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Publicado em 10/07/2025 às 15:28h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 10/07/2025 às 15:28h Atualizado 1 dia atrás por Elanny Vlaxio
O presidente também fará um pronunciamento em rede nacional para responder o presidente dos EUA (Imagem: Shutterstock)

💭 Nesta quinta-feira (10), o ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Sidônio Palmeira, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está decidido a aplicar a Lei da Reciprocidade Econômica, caso as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), passem a valer a partir de 1º de agosto. 

Sidônio também disse que Lula não pensa em ligar para o presidente americano. O ministro informou que, durante o mês de julho, o governo buscará os setores exportadores brasileiros para tratar de possíveis negociações e alternativas que evitem perdas. Sidônio também frisou, ao site "G1", que o Planalto não espera um recuo por parte de Trump.

Mais cedo, Lula afirmou que adotará as mesmas tarifas comerciais que os Estados Unidos impulserem contra o Brasil. “Se ele cobrar 50% da gente, a gente vai cobrar 50% dele”, disse o petista, segundo entrevista publicada pelo portal R7.

💬 Ele ainda declarou que o Brasil pode recorrer à OMC (Organização Mundial do Comércio) em resposta às tarifas anunciadas por Trump. O presidente também fará um pronunciamento em rede nacional para responder o presidente dos EUA. O comunicado será feito entre esta quinta (10) e sexta-feira (11).

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“Temos vários caminhos. Podemos recorrer à OMC, propor investigações internacionais, cobrar explicações. Mas o principal é a Lei da Reciprocidade, aprovada no Congresso”, afirmou o presidente.

Além de Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também opinou sobre o anúncio de Trump. “Estamos falando de uma tarifa insustentável, tanto do ponto de vista econômico, quanto do ponto de vista político”, declarou o ministro em entrevista ao Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.

🗣️  O ministro também culpou a família Bolsonaro por ter contribuído para a decisão do presidente dos EUA. “A única explicação plausível pelo que foi feito ontem foi porque a família Bolsonaro urdiu esse ataque ao Brasil. E com um objetivo específico, que é escapar do processo que está em curso”, afirmou Haddad. “Não conheço precedente histórico de uma coisa tão vergonhosa como a atitude dessa família”, disse o ministro da Fazenda.

Um dia após o anúncio de Trump, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SO) pediu para seus seguidores no X (antigo Twitter) agradecerem ao presidente dos Estados Unidos. “Coloque o seu agradecimento ao Presidente Donald Trump abaixo e vamos rumo à lei Magnistky!”, escreveu o parlamentar. Eduardo fez referência a uma legislação cujo objetivo é sancionar estrangeiros acusados de corrupção e de desrespeitar direitos humanos.