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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, durante encontro realizado com a imprensa, nesta sexta-feira (27), que "dificilmente" o governo chegará à meta fiscal de zerar o déficit no ano que vem. Dessa forma, o mandatário foi contra o discurso proferido diversas vezes, nos últimos meses, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Lula, no entanto, afirmou que o governo vai fazer o que puder para cumprir a meta estabelecida pelo arcabouço fiscal. Por outro lado, o mandatário destacou que "não quer começar o ano fazendo cortes em investimentos e obras".
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“Tudo que a gente puder fazer para cumprir a meta fiscal a gente vai fazer. O que eu posso dizer é que ela não precisa ser zero, a gente não precisa disso. Eu não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue a começar o ano fazendo corte de bilhões nas obras que são prioritárias para este país”, afirmou Lula.
"Eu não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue a começar o ano fazendo um corte de bilhões nas obras. Se o Brasil tiver o déficit de 0,5% o que é? 0,25% o que é? Nada. Vamos tomar a decisão correta e nós vamos fazer aquilo que vai ser melhor para o Brasil", complementou o presidente.
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou, também nesta sexta (27), que o Governo Federal pode fechar o ano com um déficit primário pior do que o previsto. Segundo Ceron, medidas aprovadas pelo Congresso e fatores econômicos aumentaram a pressão sobre as contas públicas.
“Faltam três meses para concluir o período de apuração do exercício. Tem um caminho que estava sendo seguido, tem pressões adicionais que foram criadas”, disse Ceron.
Para o ano que vem, no entanto, o secretário destacou que é cedo para prever o cenário fiscal. “Para 2024, obviamente está sendo feita uma leitura sobre o impacto das medidas. Está um pouco cedo para fazer esse balanço”, afirmou Ceron.
Ceron ainda citou, como um fator de pressão para contas públicas, o projeto aprovado no Congresso que ampliou transferências a estados e municípios neste ano. Neste quesito, o aumento de gastos pode ser de R$ 20 bilhões em 2023.
Para além desse fator, o secretário destacou a queda da inflação e o movimento do câmbio como possíveis agentes de perda nominal de arrecadação de até R$ 30 bilhões neste ano.
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