⚖️ Ao adotar uma postura mais contundente em relação a seu aliado histórico, o ditador Nicolás Maduro, da Venezuela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou uma sinalização positiva que pode exercer pressão sobre o regime às vésperas das eleições no país.
Essa é a análise de alguns líderes da oposição ao governo Maduro, que têm sido alvo de perseguição por parte do presidente venezuelano.
Durante uma cerimônia na semana passada, na qual também esteve presente o presidente da França, Emmanuel Macron, Lula caracterizou a situação política na Venezuela como "grave".
Ele criticou o fato de a principal candidata da oposição ao regime venezuelano, a filósofa e professora universitária Corina Yoris, não ter conseguido registrar sua candidatura para enfrentar Maduro nas eleições presidenciais marcadas para 28 de julho.
“Eu fiquei surpreso com a decisão. Primeiro, houve a boa decisão de a candidata proibida pela Justiça [María Corina Machado] indicar uma sucessora. Achei um passo importante. Agora, é grave que a candidata [Yoris] não possa ter sido registrada. Ela não foi proibida pela Justiça. Me parece que ela se dirigiu até o lugar, tentou usar o computador e não conseguiu entrar”, disse Lula.
🗣️ Angel Medina, ex-vice-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, elogiou o tom mais firme adotado por Lula em seu discurso e defendeu que o presidente do Brasil se una a outros líderes latino-americanos que têm criticado a condução do processo eleitoral na Venezuela.
"Os presidentes da região precisam agir em conjunto para garantir que a Venezuela tenha uma eleição minimamente competitiva", afirmou Medina em entrevista ao jornal O Globo.
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