Justiça concede habeas corpus para ex-CEO da Americanas (AMER3), diz jornal

Miguel Gutierrez foi alvo de uma operação da PF em junho, pelas fraudes contábeis na Americanas.

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Publicado em 20/08/2024 às 20:56h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 20/08/2024 às 20:56h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
Ações das Americanas fecharam na mínima de R$ 0,09 (Shutterstock)

A Justiça concedeu um habeas corpus para o ex-CEO da Americanas (AMER3), Miguel Gutierrez, nesta terça-feira (20). A informação é do jornal "Folha de S. Paulo".

🚨 Com isso, fica revogado o mandado de prisão expedido contra o executivo em meio às investigações sobre a fraude contábil na varejista. Miguel Gutierrez poderá, então, responder ao processo em liberdade.

De acordo com a "Folha de S. Paulo", o habeas corpus foi concedido por unanimidade pelo TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) e ainda permitirá a retirada do nome de Gutierrez da lista de difusão vermelha da Interpol.

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A PF (Polícia Federal) pediu a prisão de Miguel Gutierrez em 27 de junho, no âmbito da Operação Disclosure, que buscou elucidar a participação dos ex-diretores da Americanas nas fraudes contábeis reveladas pela empresa em 2023.

O ex-CEO da Americanas foi preso um dia depois em Madri, na Espanha, onde mora atualmente. Contudo, foi solto no dia seguinte, depois de prestar depoimento e entregar o passaporte às autoridades espanholas. Em julho, o MPF (Ministério Público Federal) chegou a pedir a extradição do executivo.

A Justiça também já havia aceitado revogar o pedido de prisão preventiva contra a ex-diretora da Americanas, Anna Saicali. Ela estava em Portugal quando a operação da PF foi deflagrada, mas voltou ao Brasil e se entregou. A executiva precisou entregar o passaporte à polícia e está impedida de deixar o Brasil.

Americanas na mínima na bolsa

💲 As fraudes contábeis chegaram a R$ 25,3 bilhões na Americanas e ainda afeta as contas da empresa.

A Americanas teve um prejuízo líquido de R$ 2,27 bilhões em 2023 e amargou outro rombo de R$ 1,4 bilhão no primeiro semestre de 2024.

O papel da companhia vem afundando na bolsa desde que esses balanços foram publicados, na semana passada. Por isso, fecharam na mínima histórica de R$ 0,09 nesta terça-feira (20), após uma queda de 10%.