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O Banco Central Europeu (BCE) decidiu nesta quinta-feira (14/09) elevar novamente suas taxas de juros. A taxa de referência subiu 0,25 ponto percentual, para a máxima histórica de 4%. Foi a 10ª alta consecutiva dos juros na União Europeia.
O aumento das taxas de juros não foi consenso entre os membros do Conselho do BCE, conforme revelou a presidente do banco, Christine Lagarde, em coletiva de imprensa realizada após a decisão de política monetária. O mercado também tinha dúvidas, por causa da perspectiva de desaceleração econômica na Zona do Euro.
Lagarde disse, contudo, que a maioria dos governadores decidiu por elevar novamente os juros por causa do avanço da inflação. Segundo ela, o conselho do BCE está determinado a levar o índice de preços de volta à meta de 2%. Hoje, as estimativas do banco indicam para uma inflação média de 5,6% em 2023, 3,2% em 2024 e 2,1% em 2025.
"A inflação continua a descer, mas ainda se espera que permaneça demasiado elevada durante demasiado tempo. O Conselho do BCE está determinado a assegurar o retorno da inflação ao seu objetivo de médio prazo de 2%", afirma o comunicado divulgado pelo BCE nesta quinta-feira (14/09).
"Os anteriores aumentos das taxas de juro decididos pelo Conselho do BCE estão a ser transmitidos de forma vigorosa. As condições de financiamento tornaram-se mais restritivas e estão a refrear cada vez mais a procura, o que constitui um importante fator para fazer a inflação regressar ao objetivo", segue o comunicado.
Em coletiva de imprensa, Lagarde disse que "está havendo progresso" no processo de combate à inflação, mas que o BCE está "tentando reforçar esse progresso".
O Banco Central Europeu reconheceu o impacto da alta dos juros no crescimento econômico. A instituição espera que a economia local cresça 0,7% em 2023, 1,0% em 2024 e 1,5% em 2025.
"Perante o crescente impacto na procura interna desta maior restritividade e o enfraquecimento do enquadramento do comércio internacional, os especialistas do BCE reduziram significativamente as suas projeções para o crescimento económico", afirma o comunicado da instituição.
Em coletiva de imprensa, Christine Lagarde disse que ainda não é possível afirmar que as taxas de juros da Zona do Euro atingiram um pico. O comunicado do Banco Central Europeu sugere, no entanto, que uma pausa ou até mesmo o fim do ciclo de elevação das taxas de juros está no radar.
"Com base na sua atual avaliação, o Conselho do BCE considera que as taxas de juro diretoras atingiram os níveis que – se forem mantidos durante um período suficientemente longo – darão um contributo substancial para o retorno atempado da inflação ao objetivo", diz o comunicado.
O BCE também disse que assegurará que "as taxas de juro diretoras sejam fixadas em níveis suficientemente restritivos, durante o tempo que for necessário". Lagarde disse, então, que ainda não houve discussões sobre qual seria o “tempo necessário”. Em entrevista a jornalistas, ela falou ainda que não pode citar a palavra "corte".
A decisão do BCE atingiu as três taxas de juros definidas pelo banco. A taxa de refinanciamento subiu para 4,5%, a taxa de empréstimos atingiu 4,75% e a taxa básica sobre depósitos foi para 4%. O aumento de 0,25 ponto percentual anunciado nesta quinta-feira (14/09) terá efeitos a partir de 20 de setembro.
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