🚨 Em seu mais recente editorial, publicado na última terça-feira (30), a revista britânica The Economist apresentou uma análise severa sobre o futuro político do Brasil.
O periódico defende que o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria cumprir a promessa feita em 2022 e
não disputar um quarto mandato em 2026. O argumento central da publicação é a idade avançada do mandatário, que completaria um eventual novo governo aos 85 anos.
A revista não poupa comparações e utiliza o exemplo de Joe Biden, ex-presidente dos EUA, para ilustrar os "riscos elevados" que líderes octogenários representam para a estabilidade institucional.
"O carisma não é um escudo contra o declínio cognitivo", afirma o texto, lembrando que a insistência de Biden em concorrer terminou de forma "desastrosa" para os democratas americanos.
Economia "medíocre" e fantasmas do passado
Além do fator biológico, a The Economist critica o desempenho da atual gestão, classificando as políticas econômicas como "medíocres".
A publicação argumenta que uma nova campanha seria inevitavelmente assombrada pelos escândalos de corrupção dos mandatos anteriores, ressaltando que uma parcela significativa da população brasileira ainda guarda mágoas profundas desse período.
O editorial observa que, embora Lula tenha sobrevivido a um ano de tensões internacionais e disputas comerciais com o governo de Donald Trump, sua permanência no centro do poder impede o surgimento de novas lideranças.
Até o momento, a revista nota que o presidente não deu sinais claros de que prepara um sucessor natural, seja na esquerda ou no centro.
O vácuo na direita e a ascensão de Tarcísio
A análise também se estende ao campo da oposição. Com a prisão de Jair Bolsonaro por conspiração para um golpe de Estado, a direita brasileira vive uma disputa intensa por liderança.
A revista classifica Flávio Bolsonaro, indicado pelo pai como sucessor, como "impopular e ineficaz".
Por outro lado, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é destacado positivamente.
Descrito como "ponderado", "democrata" e bem mais jovem que o atual presidente, Tarcísio surge nas páginas da publicação como um nome capaz de equilibrar a agenda de preservação ambiental com o combate ao crime organizado e o respeito ao estado de direito.
O veredito para 2026
A conclusão do periódico britânico é clara: o Brasil precisa de uma renovação política para evitar a polarização extrema e os riscos de uma liderança fragilizada pela idade.
A recomendação da The Economist é que o país busque um candidato de centro-direita que priorize as liberdades civis e a estabilidade econômica.
📊 A incerteza sobre se Lula tentará ou não a reeleição deve continuar gerando volatilidade nos ativos domésticos, especialmente enquanto nomes como Tarcísio de Freitas ganham musculatura como alternativas viáveis perante o olhar estrangeiro.