Com visita de Lula, JBS (JBSS3) anuncia investimento de R$ 150 mi em fábrica
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As ações da JBS (JBSS3) já saltaram quase 35% em 2024, mas ainda têm potencial para mais. É o que dizem bancos como Santander, Bradesco BBI e Goldman Sachs.
📈 Os bancos elevaram o preço-alvo para as ações da JBS nesta terça-feira (17), diante da publicação do guidance da companhia para 2024.
Conforme anunciado na noite de segunda-feira (16), a JBS projeta um aumento de 12,5% da receita líquida e ainda pode dobrar o Ebitda na comparação com 2023.
As projeções apontam para uma receita líquida de R$ 409,4 bilhões e um Ebitda ajustado entre R$ 33,4 bilhões e R$ 36,2 bilhões em 2024.
Na avaliação do Santander, o guidance confirma um "forte impulso dos lucros, alimentado por preços mais baixos de commodities, depreciação do real e o aumento limitado no fornecimento de proteínas em meio a um cenário de forte consumo".
💲 O Santander reforçou, então, a recomendação outperform (equivalente a compra) para as ações da JBS. Além disso, elevou o preço-alvo do papel, de R$ 45 para R$ 49 ao final de 2025.
"Esperamos que as condições de mercado continuem melhorando ao longo de 2024. As margens da divisão de frango estão melhorando com os menores custos de ração e fornecimento limitado, e o ímpeto da Austrália também está melhorando", avaliou o Santander.
Leia também: JBS (JBSS3) prevê aumento de 12,5% da receita em 2024
O banco ainda comentou que uma eventual listagem nos Estados Unidos, algo que é estudado pela companhia desde meados de 2023 como uma forma de atrair novos investidores, poderia viabilizar um "novo ciclo de investimento", fazendo com que a JBS se consolide como uma das maiores empresas de proteína do mundo.
A divulgação do guidance, por sinal, é positiva para a preparação de uma potencial listagem nos Estados Unidos, segundo o Santander. Em relatório, o banco explicou que a medida traz alinhamento aos relatórios financeiros dos concorrentes americanos, além de trazer visibilidade adicional para os investidores.
O preço-alvo estabelecido pelo Santander indica um potencial de valorização de 45,8% das ações da JBS, de acordo com o fechamento de segunda-feira (16), quando o papel terminou o pregão cotado a R$ 33,59 na B3.
Outros bancos têm um preço-alvo menor, mas também renovaram as apostas na JBS nesta terça-feira (17), diante do novo guidance da empresa.
O BTG Pactual, por exemplo, tem um preço-alvo de R$ 47 e recomendação de compra para o papel. Para o banco, o guidance "indica que a JBS antecipa um segundo semestre particularmente forte do ano".
Já o Bradesco BBI elevou o preço-alvo do papel de R$ 43 para R$ 46 e o Goldman Sachs, de R$ 39,90 para R$ 40,30.
O Goldman Sachs comentou que a recuperação do Ebitda da JBS reflete um crescimento mais forte e também uma melhor lucratividade, impulsionados por "ventos favoráveis" que vêm principalmente do câmbio, do frango e da carne suína dos Estados Unidos.
O banco, no entanto, também apontou riscos para as ações, como a volatilidade cambial, a piora do cenário econômico e a redução da demanda global por proteína animal.
Diante desses prós e contras, as ações da JBS operam em alta na B3 nesta terça-feira (17). Às 15h45, o papel subia 2,62%, a R$ 34,47.
Os recursos permitirão a abertura de um novo turno de trabalho, dobrando a capacidade de abate da planta.
A empresa americana reforçou que o investimento não altera a composição ou controle da JBS.