Javier Milei pede encontro com Lula, diz imprensa argentina

Segundo o diário argentino, o encontro poderia ocorrer nas próximas semanas.

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Publicado em 17/04/2024 às 17:15h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 17/04/2024 às 17:15h Atualizado 3 meses atrás por Matheus Rodrigues

📉 Contrariando a estratégia adotada até o momento, o presidente argentino Javier Milei, através de sua chanceler Diana Mondino, teria solicitado uma reunião com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo o diário argentino, o encontro poderia ocorrer nas próximas semanas.

Uma fonte da Casa Rosada afirmou: “Tem que dar, não se trata de uma questão de gosto”, expressando otimismo quanto à concretização do encontro, após quatro meses de frieza e distanciamento entre ambos os líderes, que são os principais parceiros no Mercosul.

Antes desta notícia, ambos os lados pareciam satisfeitos com a aproximação diplomática, embora envolvesse os dois chefes de Estado.

Mondino se encontrou com o chanceler brasileiro Mauro Vieira nesta semana e foi lembrado, de forma natural, que Jair Bolsonaro também não havia se encontrado pessoalmente com Alberto Fernández, os antecessores de Lula e Milei.

Na mesma semana, fontes do Itamaraty confirmaram que Mondino entregou uma carta de Milei ao governo brasileiro, destacando a “centralidade” das relações bilaterais entre os países.

No entanto, há um afastamento natural entre os dois presidentes devido a questões de posicionamento político, que se intensificou quando Milei anunciou a saída do país do Brics, movimento negociado por Fernández.

O novo presidente argentino afirmou que não desejava vínculos “com países comunistas”, o que incluía China, Rússia e Brasil.

A aversão é mútua, sendo que Lula já declarou que não visitará a Argentina oficialmente enquanto Milei não pedir desculpas por tê-lo chamado de “corrupto” e “socialista com vocação totalitária” durante a campanha eleitoral.

💼 Apesar de Milei ter afirmado posteriormente que Lula seria bem-vindo à sua posse em dezembro, o presidente brasileiro não compareceu. Por outro lado, Bolsonaro, não só foi convidado para a cerimônia, como esteve na primeira fila, ao lado de outros chefes de Estado.

Caso um encontro entre os dois líderes não ocorra agora, eles estarão lado a lado em 16 de julho, em Assunção, durante a reunião dos chefes de Estado do Mercosul.