Jalles Machado (JALL3) tem produção recorde de açúcar na safra 2024/2025

Ainda assim, companhia não conseguiu entregar guidance de produção e moagem.

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Publicado em 26/12/2024 às 20:58h - Atualizado 6 horas atrás Publicado em 26/12/2024 às 20:58h Atualizado 6 horas atrás por Marina Barbosa
O volume de cana processado pela Jalles Machado cresceu 7,1% (Imagem: Shutterstock)

A Jalles Machado (JALL3) registrou uma produção recorde de 448,2 mil toneladas de açúcar na safra 2024/2025. A produção de etanol, por sua vez, caiu 8,5% em relação à safra 2023/2024, para 354,0 mil metros cúbicos.

Nesta safra, a companhia investiu pesado para ampliar a fabricação de açúcar, por meio da inauguração da fábrica da Unidade Santa Vitória, em Minas Gerais, e do aumento do mix de produção de açúcar cristal da Unidade Otávio Lage, em Goiás.

📈 Com isso, a produção de açúcar cresceu 19,7% e o mix total de produção atingiu 44,6% de açúcar e 55,4% de etanol, contra os 37,5% e 62,5% da safra anterior, respectivamente.

Apesar disso, a produção não atingiu o guidance, que previa a produção de 560,3 mil toneladas de açúcar e 336,1 mil metros cúbicos de etanol, além de um mix de 50,6% de açúcar e de 49,4% de etanol.

Segundo a Jalles Machado, a diferença se deve à data de inauguração da fábrica da Unidade Santa Vitória (julho), além do ramp-up de produção e de uma matéria-prima com menor ATR (Açúcar Total Recuperável).

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Moagem sobe 7,1%

Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (26), a Jalles Machado processou 7,868 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2024/2025. O volume cresceu 7,1% em relação à safra anterior, mas também ficou abaixo do guidance da empresa.

A produtividade média cresceu, passando de 84,2 toneladas para 84,6 toneladas por hectare. Já o ATR Total teve um acréscimo de 36 mil toneladas, chegando a 1,084 milhão de toneladas.

🌡️A Jalles Machado, no entanto, também sofreu com condições climáticas adversas. Por isso, não conseguiu atingir o guidance que previa o processamento de 8,230 milhões de toneladas de cana nesta safra.

Em comunicado, a companhia explicou que a região da usina de Santa Vitória, em Minas Gerais, apresentou temperaturas elevadas no período do verão e também registrou o menor índice pluviométrico da história entre os meses de maio e setembro de 2024.

Além disso, a empresa não pôde colher cerca de 60 mil toneladas de cana de açúcar na unidade Jalles Machado, em Goiás, devido às chuvas intensas que atingiram a cidade de Goianésia em novembro.