Itaúsa (ITSA4) pagará R$ 723 mi em juros sobre capital próprio
Os juros terão como base de cálculo a posição acionária final do dia 21 de março 2024.
A Itaúsa (ITSA4) aprovou nesta segunda-feira (11) um novo aumento de capital, mediante bonificação aos acionistas.
💲 A holding pretende ampliar o seu capital social em R$ 7 bilhões, por meio da capitalização de reservas de lucros constituídas nos últimos anos. Por isso, vai emitir mais de 516 milhões de novas ações, que serão distribuídas gratuitamente aos acionistas, a título de bonificação.
"Os acionistas receberão 5% em ações da mesma espécie, que serão atribuídas a título de bonificação, na proporção de 5 ações novas para cada 100 ações ordinárias e/ou preferenciais detidas na posição acionária final do dia 02.12.2024", informou.
Diante disso, a Itaúsa prevê a emissão de 177,4 milhões de ações ordinárias e 338,9 milhões de ações preferenciais, a um custo de R$ 13,55518731 por ação.
A holding terá um capital social de R$ 80,2 bilhões ao final da operação e avalia que a medida "permitirá a negociação a um patamar mais acessível combinada com uma maior quantidade de ações em circulação, gerando, potencialmente, mais negócios e maior volume financeiro, o que resultará em criação de valor para os acionistas".
Vale lembrar que esta não é a primeira vez que o Conselho de Administração da Itaúsa fará uma transação desse tipo. Em novembro de 2023, a companhia já havia aumentado o seu capital em R$ 8,8 bilhões, mediante uma bonificação de 5% aos acionistas.
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Terão direito à bonificação os acionistas registrados no próximo dia 2 de dezembro. Por isso, as ações da Itaúsa serão negociadas na condição de ex-direitos a partir de 3 de dezembro.
🗓️ As novas ações serão creditadas nas contas dos acionistas logo depois, no dia 4 de dezembro, e farão jus a quaisquer proventos anunciados pela holding com data-base posterior a essa.
A Itaúsa ressaltou, contudo, que a bonificação será efetuada sempre em números inteiros. Por isso, os acionistas poderão transferir eventuais frações de ações no período de 5 de dezembro de 2024 a 3 de janeiro de 2025. Depois disso, essas frações serão agrupadas e vendidas pela holding, que distribuirá o produto da venda aos acionistas titulares das frações.
📈 A Itaúsa também apresentou nesta segunda-feira (11) os resultados do terceiro trimestre. A holding teve um lucro líquido recorrente de R$ 3,88 bilhões no período, 13,4% maior do que no mesmo trimestre de 2023.
De acordo com o presidente da Itaúsa, Alfredo Setúbal, o dado reflete "os resultados crescentes das investidas, além do melhor resultado financeiro da holding, em decorrência da nossa bem executada estratégia de liability management".
O resultado recorrente das empresas que compõem o portfólio da Itaúsa foi de R$ 4,1 bilhões. A cifra cresceu 16% em relação ao mesmo trimestre de 2023, puxada pelo desempenho do Itaú (ITUB4), mas também pelos resultados crescentes das empresas do setor não financeiro.
Para a Itaúsa, CCR (CCRO3), Aegea e Copa Energia "continuaram apresentando bom desempenho operacional". Já a Alpargatas (ALPA4) "apresentou evolução nos resultados, em função das iniciativas voltadas à melhoria da eficiência operacional, contenção de despesas e alocação eficiente de capital" e a Dexco (DXCO3) ainda enfrenta desafios na divisão de revestimentos cerâmicos, mas tem registrado resultados crescentes nas divisões de madeiras, metais e louças.
Já o resultado financeiro da Itaúsa foi negativo em R$ 67 milhões, uma redução anual de 47% que reflete principalmente a baixa da dívida bruta da holding e do custo do serviço da dívida, diante da queda do CDI.
Os juros terão como base de cálculo a posição acionária final do dia 21 de março 2024.
Ainda, para o dia 8 março serão pagos mais R$ 2,5 bilhões em JCP