A Itaúsa (ITSA4) espera pagar dividendos adicionais para os seus acionistas no início de 2025. Foi o que disse o presidente da holding, Alfredo Setubal, nesta terça-feira (12).
💰 Segundo ele, "dividendos acima do mínimo esperado" são esperados já que as empresas que compõem o portfólio da Itaúsa têm apresentado um bom desempenho e, por isso, devem pagar mais proventos em relação aos resultados de 2024.
A Itaúsa tem participações em empresas como Dexco (DXCO3), Alpargatas (ALPA4), CCR (CCRO3), Aegea e Copa Energia. Além disso, detém uma fatia expressiva do Itaú (ITUB4), que já indicou a possibilidade de pagar dividendos extraordinários no início do próximo ano, como lembrou Setubal.
"Há uma perspectiva de que o Itaú distribua dividendos extraordinários no início do ano. […] Se houver aumento dos dividendos do Itaú, vamos repassar esse dividendo para os nossos acionistas. Então, a expectativa é de que haja crescimento do valor dos dividendos relativos ao ano de 2024 para os acionistas da Itaúsa no início do ano que vem", afirmou.
Vale lembrar que a Itaúsa também anunciou na segunda-feira (11) uma bonificação de 5% aos acionistas. Isso porque a empresa vai ampliar o seu capital social em R$ 7 bilhões, por meio da capitalização de reservas de lucros. Por isso, emitirá mais de 516 milhões de novas ações que serão distribuídas gratuitamente aos acionistas, a título de bonificação.
📈 O presidente da Itaúsa, Alfredo Setubal, disse que as empresas que compõem o portfólio da holding têm apresentado resultados "muito bons", devido à melhora da economia brasileira. Logo, têm contribuído para que a holding tenha resultados crescentes.
No terceiro trimestre, por exemplo, a Itaúsa teve um lucro líquido recorrente de R$ 3,88 bilhões no período, 13,4% maior do que no mesmo trimestre de 2023.
"Nossas empresas estão em um momento muito positivo, estão crescendo. Estamos satisfeitos com a solidez do portfólio, com empresas líderes dos setores em que atuam", comentou o executivo.
Ainda assim, a Itaúsa segue de olho em novas oportunidades de investimento e já tem, inclusive, acordos de confidencialidade assinados para avaliar alguns negócios. Setúbal disse, no entanto, que o atual momento econômico limita o apetite de risco da holding.
Ele explicou que, apesar de a economia brasileira estar crescendo acima do previsto, os juros altos e as incertezas locais e domésticas fazem com que a holding precise ter "retornos muito altos, acima da inflação, para justificar o risco".
"Continuamos procurando, mas, nesse momento, vejo com certa dificuldade a capacidade de fazer novos investimentos no curto e médio prazo, em função desse ambiente, principalmente em relação à taxa de juros", declarou.
Os juros terão como base de cálculo a posição acionária final do dia 21 de março 2024.
Ainda, para o dia 8 março serão pagos mais R$ 2,5 bilhões em JCP
