Israel diz que vai abrir espaço para ajuda humanitária em Gaza por pressão dos EUA

Apesar das divergências, a administração Biden continuou fornecendo ajuda militar a Israel durante a guerra com Hamas.

Author
Publicado em 05/04/2024 às 23:41h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 05/04/2024 às 23:41h Atualizado 3 meses atrás por Jennifer Neves
Foto - Shutterstock

💣 O gabinete do primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta sexta-feira (5), medidas para aumentar o fluxo de ajuda humanitária para Gaza, incluindo a reabertura de uma passagem fronteiriça crucial ao norte do território. Essa iniciativa ocorre após o presidente dos EUA, Joe Biden, declarar que o futuro apoio dos EUA ao conflito em Gaza depende de Israel adotar mais medidas para proteger civis e trabalhadores humanitários, conforme noticiado pela Associated Press. No entanto, os detalhes sobre a quantidade e tipos de itens permitidos na entrada não foram especificados no anúncio.

Apesar das divergências, a administração Biden continuou fornecendo ajuda militar essencial e apoio diplomático a Israel durante sua guerra de seis meses contra o Hamas. Israel enfrenta crescente isolamento internacional após suas forças terem matado sete trabalhadores humanitários que auxiliavam na entrega de alimentos em Gaza.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, o número de mortos palestinos ultrapassou 33 mil, com outras 75 mil pessoas feridas. O ministério não distingue entre civis e combatentes em seu balanço, mas ressalta que mulheres e crianças representam dois terços das vítimas.

As Nações Unidas alertam que grande parte da população no norte de Gaza está à beira da fome. O principal tribunal da ONU concluiu que há um "risco plausível de genocídio" em Gaza—uma acusação veementemente negada por Israel—e o Conselho de Segurança da ONU emitiu uma exigência juridicamente vinculativa de cessar-fogo.