A inflação argentina disparou em setembro, atingindo 2,1%, a maior variação mensal desde abril deste ano, conforme informou nesta terça-feira (14) o Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censos).
💬 O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Argentina em agosto já havia mostrado forte pressão, chegando a 1,9%, próximo do “limite psicológico” de 2%. Em setembro, a inflação alcançou 31,8% nos últimos 12 meses, um pouco abaixo da alta anual de 33,6% em agosto.
Entre os setores que mais impactaram os preços estão habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (3,1%) e educação (3,1%), enquanto transporte (3%), saúde (2,3%) e equipamentos e manutenção do lar (2,2%) subiram. Os segmentos que sofreram menos foram Recreação e cultura (+1,3%) e Restaurantes e hotéis (+1,1%).
🗣️ A Argentina enfrenta agora um grande ajuste econômico sob o governo de Javier Milei, empossado em dezembro de 2023. A administração interrompeu obras federais e repasses a estados, além de eliminar subsídios de água, gás, luz, transporte público e serviços essenciais. O resultado foi um aumento expressivo nos preços ao consumidor, elevando o custo de vida em um cenário já desafiador, segundo o G1.
Além disso, a pobreza na Argentina se intensificou no início de 2024, afetando 52,9% da população. Em paralelo à crise social e econômica, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na Casa Branca seu apoio à reeleição do presidente argentino. "Se ele perder, não seremos generosos com a Argentina. Nossos acordos estão sujeitos a quem vencer a eleição. Porque com um socialista, fazer investimentos é muito diferente", acrescentou Trump.