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🛒 Em março, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) no Brasil registrou uma inflação de 0,16%, marcando uma desaceleração em relação aos 0,83% observados em fevereiro. Comparado a março de 2023, quando a inflação foi de 0,71%, este último resultado representa uma queda.
Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (10). Este é o menor índice para o mês de março desde 2020, quando atingiu 0,07%.
O IPCA é calculado pelo IBGE com base na cesta de consumo das famílias com renda de um a 40 salários mínimos, abrangendo dez regiões metropolitanas, além de algumas cidades específicas.
A taxa de inflação de março, 0,16%, ficou abaixo da expectativa mediana levantada pelo Valor Data, que era de 0,24%. No entanto, permanece dentro do intervalo das projeções, variando entre 0,15% e 0,34%.
Com este resultado, a inflação acumulada nos últimos 12 meses fica em 3,93%, contra 4,50% em fevereiro. Embora ainda acima do centro da meta inflacionária estabelecida pelo BC (Banco Central) para 2024, que é de 3%, está dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
As estimativas coletadas pelo Valor Data apontavam uma mediana de 4,01% para este resultado, variando entre 3,92% e 4,10%.
Das nove categorias de despesas usadas para calcular o IPCA, seis apresentaram desaceleração entre fevereiro e março. Houve redução nas taxas de inflação em alimentação e bebidas (0,95% para 0,53%); habitação (0,27% para 0,19%); transportes (0,72% para -0,33%); saúde e cuidados pessoais (0,65% para 0,43%); educação (4,98% para 0,14%); e comunicação (1,56% para -0,13%).
Por outro lado, foram registradas taxas maiores em vestuário (de -0,44% para 0,03%); despesas pessoais (de 0,05% para 0,33%); e artigos de residência (de -0,07% para -0,04%), embora este último grupo permaneça com números negativos.
A inflação teve uma menor dispersão entre os itens do IPCA em março. O Índice de Difusão, que mede a proporção de itens que tiveram aumento de preços, caiu para 55,7% no mês passado, de 57,0% em fevereiro. Mesmo excluindo alimentos, considerados voláteis, houve uma menor abrangência das altas de preços, passando de 57,9% para 51,7%.
No que diz respeito aos núcleos do IPCA monitorados pelo BC, a média dos cinco núcleos registrou uma queda de 0,50% em fevereiro para 0,15% em março, com uma redução também no acumulado de 12 meses, de 4,01% para 3,79%.
O Banco Central tem como meta uma inflação anual de 3,0% para os anos 2024, 2025 e 2026, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
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