Bomba do IOF murcha a bola do Ibovespa, em dia de derrocada de HAPV3
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🚨 A Hapvida (HAPV3) tem ganhado espaço no radar dos investidores institucionais e começa a ocupar o protagonismo que antes era majoritariamente da Rede D’Or (RDOR3).
A percepção foi relatada pelo Santander (SANB11), após uma rodada de reuniões com 17 grandes gestores de fundos, que apontaram maior otimismo com a operadora de saúde cearense.
Segundo os analistas do banco, três fatores explicam essa mudança de preferência: preço atrativo após reprecificação dos múltiplos,melhora operacional percebida e confiança crescente na gestão do capital de giro.
O recente grupamento de ações — de 15 para 1 — realizado em maio, elevou o preço de face do papel, mas não alterou os fundamentos da empresa.
Na prática, a ação se tornou visualmente mais valorizada, o que ajudou a melhorar a percepção do mercado, mesmo sem mexer nas projeções do banco, cujo preço-alvo foi ajustado para R$ 54.
O desempenho também ajuda: no acumulado do ano, a ação da Hapvida tem performance superior à da Rede D’Or, o que reforça o interesse.
A ação fechou o pregão desta terça-feira (10) com alta de 1,86%, cotada a 40,63.
As conversas mais recentes com investidores também revelaram uma mudança no foco de análise: se antes a expansão da base de beneficiários era o principal motor de valorização das operadoras de saúde, agora o mercado quer ver eficiência operacional e controle de custos.
Indicadores como sinistralidade médica (MLR), evolução dos depósitos judiciais e despesas administrativas têm mais peso na decisão de alocação, e a Hapvida vem mostrando avanços consistentes nesses quesitos.
Segundo o Santander, o mercado está mais confiante na capacidade da Hapvida de recuperar margens no segundo trimestre e otimizar capital de giro, fatores essenciais para destravar valor no curto prazo.
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A Rede D’Or continua bem posicionada no setor hospitalar, com bons fundamentos e histórico sólido de crescimento.
Entretanto, o forte desempenho recente da ação levou parte dos investidores a realizar lucros, e os múltiplos mais elevados — com P/L estimado em 20 vezes para 2025 — dificultam a continuidade da valorização sem novos catalisadores.
Além disso, o adiamento de parte do plano de expansão da companhia contribuiu para esfriar a empolgação de parte do mercado com a operadora.
Entre os gestores consultados, 44% afirmaram manter posição na Hapvida, uma alta em relação aos 40% de março, mas ainda abaixo dos 67% registrados no ano passado.
Mesmo assim, o dado mostra uma retomada no interesse pela ação, especialmente após a reprecificação do papel.
De forma geral, 76% dos gestores têm alocação em empresas de saúde ou educação, segundo o Santander — acima dos 65% registrados em março.
📊 A Hapvida se destaca como a companhia com maior assimetria de valor, segundo o banco, o que justifica o retorno gradual dos aportes institucionais.
Maioria das ações brasileiras fecha em queda com votação surpresa na Câmara dos Deputados, que eleva risco fiscal.
Índice máximo de reajuste foi definido pela ANS e é o menor desde 2021.