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🏴Oficiais do Hamas chegaram ao Cairo, capital do Egito, neste domingo (3), com o objetivo de negociar um cessar-fogo no conflito com Israel nas próximas 48 horas. Autoridades egípcias indicam que o acordo pode envolver a libertação de reféns em troca de uma pausa temporária em Gaza, como parte de um esforço para interromper os combates antes do mês sagrado muçulmano do Ramadã.
Negociadores acreditam que Hamas e Israel estão próximos de alcançar um acordo nos próximos dias, embora questões cruciais, como a identidade dos reféns e prisioneiros a serem libertados, ainda não tenham sido totalmente acordadas, conforme apurado pela Dow Jones Newswires.
Apesar das possíveis negociações, um desafio persiste: o líder do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar, está inacessível há pelo menos uma semana, levantando preocupações sobre sua capacidade de implementar um cessar-fogo, afirmam autoridades egípcias e do Catar.
Por sua vez, Israel se abstém de enviar equipe de negociação ao Cairo até receber uma lista detalhada dos reféns vivos que poderiam ser liberados em caso de acordo. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, exigiu antecipadamente os nomes de todos os reféns que seriam incluídos no tratado, enquanto as autoridades egípcias destacam a necessidade de Israel identificar os prisioneiros que se recusam a libertar, especialmente os condenados por planejar ou participar de grandes ataques terroristas.
Enquanto isso, Benny Gantz, importante rival político de Netanyahu e ministro do gabinete de guerra de Israel, está programado para desembarcar em Washington no domingo. Ele planeja se reunir na segunda-feira com a vice-presidente Kamala Harris e o conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan para discutir questões humanitárias em Gaza.
Gantz também pressionará os EUA para que influenciem o Hamas a aceitar a estrutura proposta para a libertação de reféns e o acordo de cessar-fogo temporário discutido em Paris no final de fevereiro.
A viagem de Gantz ressalta as tensões dentro da liderança de Israel durante o conflito. Netanyahu foi informado da viagem de Gantz apenas na sexta-feira, o que aparentemente o deixou irritado, segundo publicou a Dow Jones Newswires.
As divisões públicas na liderança de Israel ocorrem em meio a crescentes agitações internas. No sábado à noite, milhares de manifestantes marcharam até Jerusalém vindos de uma cidade israelense próxima a Gaza, exigindo um acordo para a libertação de reféns. Em Tel Aviv, milhares de manifestantes pediram eleições e a renúncia de Netanyahu.
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