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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acredita que as agências de classificação de risco voltarão a elevar a nota de crédito do Brasil nos próximos anos. A expectativa é chegar "a um degrau do grau de investimento" já em 2025.
📈"Devemos ter um aumento da nota no ano que vem, na nossa opinião, evidentemente. Cabe às agências de risco definir isso. Mas os prognósticos são muito bons", afirmou o ministro, nesta segunda-feira (23).
Haddad falou sobre o assunto depois de visitar as agências Moody's e S&P (Standard & Poor's), em Nova York, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Também está prevista uma reunião na Fitch, a terceira grande agência de classificação de risco do mundo.
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Segundo o ministro, as agências "estão olhando para o que interessa, que são os fundamentos da economia". Por isso, a conversa passou pelas "medidas econômicas e grandes avanços que tivemos até aqui", como a reforma tributária, o arcabouço fiscal e o novo marco de garantias.
A situação fiscal e a relação institucional do Executivo com o Congresso Nacional e o Judiciário, algo que é "muito valorizado" pelas agências, segundo Haddad, também entraram na pauta.
"Pelo diálogo que estamos tendo, eu vislumbro que, até o ano que vem, estaremos em pelo menos alguma situação a um degrau do grau de investimento", acrescentou o ministro.
🗓️ O presidente Lula gostaria que o Brasil recuperasse o grau de investimento até o final do seu mandato, em 2026. Por isso, pediu essas reuniões para entender como as agências de classificação de risco avaliam as políticas que vêm sendo implementadas no Brasil.
Haddad disse que o governo trabalha para essa retomada do grau de investimento. Contudo, admitiu que "é muito desafiador" conseguir isso até 2026, já que as agências "não sobem dois degraus de um ano para o outro".
Essas agências analisam o risco de se investir em cada país e retiraram o grau de investimento do Brasil após a crise de 2015. Recentemente, no entanto, passaram a melhorar o rating brasileiro.
A Fitch elevou a nota de crédito do Brasil, BB- para BB, com perspectiva estável, em julho de 2023. A agência creditou a revisão a "um desempenho macroeconômico e fiscal melhor do que o esperado" e manteve este rating em julho deste ano.
A S&P também elevou a nota de crédito do Brasil, de BB- para BB, com perspectiva estável, em 2023. A revisão, contudo, ocorreu em dezembro, logo após a aprovação da reforma tributária.
Já a Moody's elevou a perspectiva da nota de crédito brasileira para positiva em maio deste ano. O rating foi mantido em Ba2, que, assim como o BB da Fitch e da S&P, deixa o Brasil a dois degraus do grau de investimento.
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