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O ministro da Fazenda Fernando Haddad está no Vaticano, onde deve se encontrar com o Papa Francisco nesta quinta-feira (6). A agenda com o pontífice está marcada para as 08h da manhã pelo horário local (3h pelo horário de Brasília.
O encontro deve ser marcado pelo pedido de Haddad de que o religioso some esforço na proposta de taxação de bilionários globais. Segundo seus assessores, um aceno como este, de uma autoridade tão importante no mundo, seria importante para o andamento da pauta e adesão de outros governos.
A proposta do ministro brasileiro é que o imposto sobre grandes fortunas seja usado como financiamento para o combate às mudanças climáticas. O modelo foi desenhado também pela economista francesa Nobel de Economia Esther Duflo.
O plano é a criação de um sistema tributário internacional em que as grandes corporações teriam de pagar uma alíquota de 15%. Já as pessoas consideradas multimilionários teriam de repassar a um fundo social ao menos 2% de sua riqueza anual.
Haddad tem falado dessa proposta em quase todos os eventos públicos que participa, no Brasil e no exterior. O projeto já ganhou apoio de diversos países, na América, África e Europa, mas tem sofrido pressão sobretudo dos Estados Unidos, que não parecem favoráveis à proposta.
“A taxação de grandes fortunas, um dos temas prioritários da trilha financeira do G20, é vista como uma medida essencial para reduzir a desigualdade econômica global. O Brasil, sob a presidência do G20, tem defendido a implementação de políticas fiscais mais justas, que garantam uma distribuição equitativa da riqueza. Este tema será discutido durante a audiência com o Papa Francisco, que tem sido um defensor vocal da justiça social e da responsabilidade econômica”, disse o Ministério da Fazenda.
Nesta quarta (5), em evento na capital da Itália, Haddad disse que vai levar “o abraço do presidente Lula [ao Papa] e mantê-lo a par dos propósitos do Brasil”. O brasileiro também teve agendas com os ministros da Economia da Itália e da Espanha.
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