O ministro da Fazenda Fernanda Haddad convocou a cadeia de rádio e televisão para um pronunciamento às 20h30 (horário de Brasília). Além de detalhar o corte de gastos, ele deve anunciar a isenção do Imposto de Renda para pessoas que recebem até R$ 5 mil.
📺 A notícia sobre o pronunciamento circula nos bastidores de Brasília desde a terça (26), mas não era público o teor da mensagem à população. O documento que pede o espaço na programação das rádios e televisões fala sobre o lema: “Brasil mais forte, governo eficiente, país justo”.
Segundo o jornal O Globo, o aumento do piso para isenção do IR é vista no governo como uma forma de alcance popular, considerando que o governo deve mexer em outros benefícios. O governo tem o desafio de fazer cortes suficientes para acalmar o mercado, sem deixar que sua imagem se desgaste.
O mercado reagiu de forma negativa ao possível anúncio da isenção do IR, com o dólar disparando logo após a notícia. Às 15h, a moeda norte-americana atingiu a marca de R$ 5,89, muito próximo da marca histórica de R$ 5,93.
🚨 Leia mais: Taxação de super-ricos também estará no pacote fiscal, diz ministro
O Ibovespa (IBOV) também sentiu reflexo do possível anúncio, com uma queda superior a 1,4%, para próximo de 128 mil pontos. Nesta quarta, o índice iniciou o pregão encostou em 130 mil pontos, de acordo com dados da B3.
A elevação do piso de isenção do Imposto de Renda é uma das promessas de campanha do presidente Lula, que vê este como o momento certo para fazer a mudança. O assunto já tinha saído da pauta para 2026, mas retornou com o temido desgasto de imagem que o governo pode passar a conduzir mudanças importantes para colocar as contas em dia.
Se confirmada a mudança, a isenção pode beneficiar até 15,8 milhões de brasileiros que hoje pagam o imposto sobre seus rendimentos trabalhistas. Atualmente, estão livres do IR aqueles brasileiros que recebem até dois salários mínimos, ou seja, R$ 2.824.
Interlocutores do governo disseram à Folha que o governo trata o pacote fiscal e a isenção como duas pautas diferentes. As duas propostas devem passar pelo crivo do Congresso, onde não há certeza sobre a aprovação.
Emissão de debêntures e mercado secundário de renda fixa batem recordes entre janeiro e setembro, diz Anbima
Renda fixa em dólar pode ganhar mais fôlego com juros futuros em alta. Aqui no Brasil, a preferência é por títulos pós-fixados
