Governo fechou medidas para corte de gastos, mas ainda não há data para oficializar

Atualização chega depois do dólar ter batido recorde dos últimos três anos

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Publicado em 30/10/2024 às 13:38h - Atualizado 28 minutos atrás Publicado em 30/10/2024 às 13:38h Atualizado 28 minutos atrás por Wesley Santana
Fernando Haddad e Rui Costa (Imagem: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda)

💰 Os ministérios da Fazenda e Casa Civil teriam achado um consenso para prosseguir com um corte de gastos nas contas públicas. Uma maratona de reuniões entre os ministros Fernando Haddad e Rui Costa pavimentou o caminho para criação das propostas que serão apresentadas ao presidente Lula.

Segundo informações do jornal O Globo, neste momento, os projetos estão sendo avaliados pela equipe jurídica e não há uma data oficial para as medidas serem oficializadas. A ideia é que as propostas reforcem o arcabouço fiscal aprovado pelo Congresso Nacional no ano passado. 

A notícia do movimento do governo já havia sido antecipado pela ministra do Planejamento Simone Tebet, que declarou, na semana, que as medidas sairiam depois das eleições municipais. No entanto, coincide também com um dia depois do dólar ter sangrado, fechando o pregão em seu maior nível em mais de três anos, em R$ 5,76.

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 “Tenho várias reuniões com ele [Lula] nesta semana. Devo encontrar com ele amanhã”, pontuou Haddad ainda na terça. “[O presidente] está pedindo informações e a gente está fornecendo o que ele está pedindo. Não tem uma data. É ele quem vai definir”, ponderou. 

O chefe da Fazenda também rechaçou a projeção que haviam feito sobre a economia a ser feita pelo governo. Entes do mercado falavam em um corte que podia chegar a R$ 50 bilhões. 

“Eu nunca divulguei número para vocês. Não divulgo número porque você só divulga depois da decisão tomada”, rebateu.