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O mercado reduziu a expectativa de inflação para este ano. Segundo o Boletim Focus, os analistas agora estimam uma alta de 4,75% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 2023.
A projeção para a inflação caiu 0,11 ponto percentual em relação ao último Boletim Focus, quando estava em 4,86%. A revisão reflete os últimos dados do IPCA, que vieram abaixo do esperado pelo mercado.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou na última quarta-feira (11) que a inflação subiu 0,26% em setembro, acumulando uma alta de 5,19% em 12 meses. O mercado, contudo, projetava uma alta superior a 0,3%. Por isso, agora reviu as projeções para o ano.
Com isso, a expectativa coletada pelo Boletim Focus passou a ficar no teto da meta de inflação de 2023. É a primeira vez desde junho de 2022 que as projeções do mercado coincidem com a meta que deve ser perseguida pelo BC (Banco Central).
A meta de inflação é de 3,25% em 2023, com um intervalo de tolerância de 1,75% a 4,75%. Caso a inflação fique fora desse intervalo, o presidente do BC precisa enviar uma carta ao ministro da Fazenda explicando o descumprimento da meta.
O mercado, por outro lado, manteve a projeção de inflação em 3,88% para 2024 e em 3,5% para 2025. A meta de inflação será de 3% nos próximos anos, sempre com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima.
Os analistas também alteraram a projeção de câmbio para 2024, de R$ 5,02 para R$ 5,05. Já a estimativa para 2023, que foi revisada na semana passada de R$ 4,95 para R$ 5,00, foi mantida nesse patamar. A de 2025 segue em R$ 5,10.
Além disso, não houve outras mudanças nas projeções coletadas pelo Boletim Focus. Segundo economistas, a manutenção de muitos números indica o alto grau de incerteza que paira sobre os mercados diante da guerra entre Israel e Hamas.
Para o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, o mercado projeta altas de 2,92% em 2023, 1,50% em 2024 e 1,90% em 2024. Já em relação à taxa Selic, as estimativas coletadas pelo Boletim Focus apontam para juros de 11,75% em 2023, 9% em 2024 e 8,50% em 2025.
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