Focus é adiado para 5ª feira, por paralisação de servidores do BC

Funcionários públicos prometem fazer uma greve de 48 horas a partir desta terça-feira (20)

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Publicado em 19/02/2024 às 16:34h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 19/02/2024 às 16:34h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
Sede do Banco Central, em Brasília (Shutterstock)

Os funcionários públicos do BC (Banco Central) prometem fazer uma greve de 48 horas nesta terça (20) e quarta-feira (21). Com isso, o BC voltou a adiar a publicação do Boletim Focus.

🗓️ O Boletim Focus normalmente é publicado às 8h25 das segundas-feiras e já havia sido adiado para a terça-feira (20). Contudo, agora será publicado só na quinta-feira (22) desta semana, de acordo com o BC.

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O relatório traz as projeções do mercado financeiro para os principais indicadores da economia brasileira e já vem sendo publicado com atraso há algumas semanas por causa da operação padrão dos servidores do BC, iniciada há cerca de sete meses. A categoria, no entanto, promete reforçar o movimento nesta semana para cobrar avanços na negociação salarial com o governo.

Greve de 48 horas

Os funcionários públicos do BC prometem fazer uma greve de 48 horas nesta terça (20) e quarta-feira (21). Além disso, mais de 450 servidores já entregaram cargos comissionados, como posições de gerência e diretoria no BC, segundo o Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central).

🗣️ "A greve será forte e trará atrasos de divulgação de boletins e outras informações, cancelamento de reuniões e outras agendas com o SFN (Sistema Financeiro Nacional), atrasos ainda maiores de projetos do Drex e outros", afirmou o presidente do Sinal, Fábio Faiad.

Ele disse, contudo, que setores essenciais devem ser poupados da greve. O Pix, sistema de pagamentos instantâneos, por exemplo, está na lista de serviços essenciais e deve funcionar normalmente durante a paralisação, segundo o Sinal.

Negociação salarial

Com a greve, os funcionários públicos do BC pretendem avançar na negociação salarial com o governo federal. O executivo propôs um reajuste salarial de 13%, parcelado entre 2025 e 2026, para a categoria. O índice foi apresentado no início de fevereiro, mas não agradou a categoria.

Servidores reclamam da falta de reajuste em 2024 e dizem que a proposta também não atende outras reivindicações da categoria, como a exigência de nível superior para o cargo de Técnico do BC, a mudança do nome do cargo de Analista para Auditor e a criação de uma Retribuição por Produtividade Institucional.