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O Fed (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos, decidiu nesta quarta-feira (20/09) manter a sua taxa de juros no intervalo entre 5,25% e 5,5% ao ano. É o maior patamar em 22 anos.
A manutenção da taxa de juros era esperada. O mercado estava mais interessado, portanto, nas pistas sobre os próximos passos da política monetária nos Estados Unidos. E avaliação inicial é de que esta pausa na alta dos juros não significa necessariamente o fim do aperto monetário americano.
No comunicado publicado após a reunião em que decidiu pela pausa no aumento dos juros; o FOMC, Comitê de Mercado Aberto dos Estados Unidos, disse que "estaria preparado para ajustar a orientação da sua política monetária conforme apropriado, caso surjam riscos que possam impedir a consecução dos objetivos do Comitê".
O FOMC está “fortemente empenhado” em levar a inflação americana de volta à meta de 2% ao ano. A inflação americana marca 3,7% nos 12 meses acumulados até agosto, último dado disponível.
No comunicado, o FOMC disse ainda que seguirá avaliando informações adicionais e suas implicações para a política monetária para “determinar a extensão do reforço adicional da política que pode ser apropriado” para levar a inflação de volta à meta de 2% ao ano. Entre os fatores que devem pesar nessa decisão, segundo o Comitê, estão o aperto cumulativo da política monetária e o tempo que ele leva para afetar a atividade econômica e a inflação.
Além disso, as novas projeções econômicas do Fed apontam para uma taxa de juros mais elevada até o fim do ano, no intervalo entre 5,5% e 5,75%. Os dados ainda sugerem que as taxas de juros continuarão em patamares elevados no ano que vem. Já para a inflação, o banco central dos Estados Unidos, projeta taxas de 3,3% em 2023, 2,5% em 2024 e 2,2% em 2025.
Economia
Ao pausar o ciclo de alta dos juros, o Fed avaliou que a economia americana vem crescendo em um ritmo sólido mesmo com a inflação ainda elevada. É um cenário que reforça as chances de um "pouso suave", isto é, de controle da inflação sem muitos prejuízos à atividade econômica. O Fed reforçou, contudo, que ainda há riscos no caminho.
Segundo o banco central dos Estados Unidos, condições de crédito mais restritivas podem pesar sobre a atividade econômica, o mercado de trabalho e a inflação. “A extensão destes efeitos permanece incerta. O Comitê permanece muito atento aos riscos de inflação”, afirmou.
A inflação americana avançou 0,6% em agosto, puxada especialmente pelos preços da gasolina. Os preços dos combustíveis, por sinal, são um desafio para o controle da inflação no momento. Afinal, os preços do petróleo estão em alta e podem chegar aos US$ 100 o barril diante da perspectiva de uma oferta restrita no fim do ano.
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