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O Fed (Federal Reserve) manteve os juros americanos inalterados nesta quarta-feira (19). Com isso, a taxa segue oscilando entre 4,25% e 4,50%.
💲 A manutenção era esperada pelo mercado. Afinal, a inflação americana ainda apresenta uma trajetória instável e há dúvidas sobre o impacto nos preços das tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Ao comunicar a decisão, o Fed afirmou que "a incerteza em torno das perspectivas econômicas aumentou".
O Banco Central dos Estados Unidos ressaltou, portanto, que continuará monitorando "as condições do mercado de trabalho, as pressões inflacionárias e as expectativas de inflação, bem como os desenvolvimentos financeiros e internacionais", para decidir o rumo dos juros.
🏦 O presidente do Fed, Jerome Powell, voltou a dizer, contudo, que a política americana está bem posicionada e que, por isso, não é preciso ter pressa para ajustar a taxa de juros.
Segundo Powell, a incerteza é especialmente elevada em torno da política tarifária americana e no seu efeito no cenário econômico. Por isso, é importante ter "mais clareza" dos potenciais impactos inflacionários do tarifaço de Trump.
"A nova administração está no processo de implementar mudanças políticas significativas em quatro áreas distintas: comércio, imigração, política fiscal e desregulamentação. É o efeito líquido dessas políticas que importará para a economia e para o caminho da política monetária", explicou.
O Fed também quer ter mais confiança de que a inflação americana está caindo de forma sustentável em direção à meta de 2% ao ano. Por isso, Powell disse até que o Fed pode manter o atual nível de juros por mais tempo do que o esperado se a economia americana seguir forte e a inflação não seguir nessa direção.
O Banco Central dos Estados Unidos, contudo, admite voltar a cortar os juros em caso de um enfraquecimento brusco do mercado de trabalho americano ou se a inflação cair antes do esperado.
O Fed reduziu os juros americanos em três ocasiões no segundo semestre de 2024. Contudo, pausou os cortes em janeiro de 2025, logo após o início do novo governo Trump, e deve manter essa postura cautelosa por pelo menos mais uma reunião.
🗓️ Segundo a plataforma Fed Watch, o mercado espera que os juros americanos sigam inalterados na próxima reunião do Fed, em maio. A expectativa é de que a taxa volte a cair apenas em junho ou no segundo semestre.
De acordo com projeções atualizadas nesta quarta-feira (19), 9 membros do Fed veem espaço para dois cortes dos juros em 2025, o que deixaria a taxa entre 3,75% e 4,00% no final do ano.
Contudo, outros quatro membros do Fed avaliam que um corte deve ser suficiente e mais quatro entendem que o melhor seria manter os juros americanos no atual patamar até o fim de 2025.
A divisão entre os membros do Fed atesta o cenário de maior incerteza destacado no comunicado desta quarta-feira (19), assim como a resiliência da inflação.
📈 O Fed elevou de 2,5% para 2,7% a expectativa de inflação de 2025. Além disso, projeta uma alta de 2,2% dos preços em 2026. Por isso, a perspectiva é de que a meta anual de inflação de 2% só volte a ser cumprida em 2027.
Segundo Jerome Powell, parte da elevação das expectativas de inflação se deve às tarifas anunciadas por Trump.
O presidente do Fed acredita que a política tarifária do novo governo americano pode retardar o processo de controle da inflação americana. Ele ressaltou, contudo, que o Fed ainda está tentando separar os "sinais" dos "ruídos". Ou seja, identificar o real efeito das tarifas na inflação.
Além disso, o Fed reduziu de 2,1% para 1,7% a projeção para o crescimento da economia americana em 2025. Já a previsão para a taxa de desemprego subiu de 4,3% para 4,4%.
Na avaliação de Powell, a economia americana segue sólida, mas os gastos dos consumidores estão moderando. Ele também admitiu que o receio de uma recessão aumentou no mercado.
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